terça-feira, 28 de março de 2017

POR QUE OS PROTESTOS FRACASSARAM?



É inútil usar eufemismos: o protesto deste domingo contra os políticos fracassou.
Os mesmos que no ano passado tinham levado às ruas quase dois milhões de pessoas Brasil afora para pedir a saída de Dilma Rousseff e brandiram o “Fora Lula” e o “Fora PT”, junto com “Somos Moro”, desta vez preferiram ficar em casa vendo os acontecimentos de longe.
O motivo agora será estudado pelos analistas políticos.
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ODEBRECHT E O " TODO MUNDO FAZ SISTEMATICAMENTE "



O grande nó provocado no mundo político, que só vem se apertando desde o julgamento do mensalão, a famosa Ação Penal 470, é o aumento da intolerância geral da Justiça e dos organismos de controle – Ministério Público à frente – aos expedientes de sempre no financiamento das campanhas e na relação entre financiadores e financiados. Coisas que se operavam como rotina – ainda que sempre à margem da lei – passaram a ser criminalizadas duramente a partir do mensalão, e mais ainda na Lava-Jato. E eis aí o nó: como eram feitas por todos e em todos níveis, sua criminalização vai travando completamente o sistema político, gerando tal grau de amplitude que ninguém sabe a essa altura onde nem quando vai parar.
O depoimento agora de Marcelo Odebrecht, dizendo que todos os partidos fazem caixa 2 e que o caixa 2 era, nesse sentido, situação normal na relação entre a empreiteira e os candidatos que financiava, se assemelha muito ao que o ex-presidente Lula já dizia lá no início do processo do mensalão. Quando, sobre o caixa 2, afirmou que era algo que “todo mundo faz, sistematicamente”.
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RELATOR INDICA ARGUMENTOS PARA CASSAR TEMER



BRASÍLIA, DF, 19.12.2016: DILMA-TEMER - O ministro do STJ, Herman Benjamin, relator do caso que apura irregularidades na chapa presidencial Dilma/Temer de 2014, em sessão plenária do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em Brasília. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
Perguntas feitas pelo ministro Herman Benjamin, do TSE – Tribunal Superior Eleitoral), (foto), a delatores da Odebrecht indicam ao menos três pontos que devem ser utilizados para embasar sua posição no processo que pode cassar a chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014.
Relator da ação, ele insistiu em questionamentos sobre esses temas e chegou a indicar, ainda que discretamente, seu posicionamento durante as oitivas. A expectativa, segundo a Folha apurou, é que ele peça a cassação da chapa. O ministro não se manifesta sobre o voto, em razão de sigilo.FONTE: ROBSON PIRES

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