A
defesa do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
fez um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para adiar a análise da
denúncia contra ele no âmbito da operação Lava-Jato. O julgamento está
marcado para amanhã. Ontem, o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, pediu ao Supremo a abertura de um terceiro inquérito contra
Cunha. Desta vez, as acusações estão ligadas à liberação de verbas do
fundo de investimentos do FGTS para o projeto Porto Maravilha, no Rio de
Janeiro. O consórcio responsável pela obra é formado pela Odebrecht,
OAS e Carioca engenharia.
Se a Corte aceitar a denúncia de corrupção e lavagem de dinheiro
feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Cunha passa de
investigado para réu. Neste inquérito, a suspeita é que o peemedebista
tenha recebido US$ 5 milhões para viabilizar a construção de dois
navios-sondas da Petrobras. Na peça entregue à Corte ontem, os advogados
do peemedebista pedem que o STF responda primeiro — e em sessão
separada do julgamento da denúncia — a dois agravos regimentais ainda
não analisados pelo ministro Teori Zavaski, relator da Lava-Jato no
Supremo.FONTE:ROBSON PIRES
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