Dirigentes do PSB devem divulgar, nos próximos dias, manifesto
pedindo o adiamento da fusão do partido com o PPS. De acordo com o
portal da revista Época, pelo menos 12 presidentes de diretórios
estaduais e os governadores da Paraíba, Ricardo Coutinho, e de
Pernambuco, Paulo Câmara, devem assinar o documento.
O temor dos socialistas é, segundo a revista, reside em um “um
elevado risco de descaracterização das bandeiras históricas do PSB”
identificado pelos descontentes. Entre as alegações, estão a de que a
fusão serviria ao propósito do vice-governador de São Paulo, Márcio
França, de aliar o partido ao PSDB na disputa pela sucessão de Geraldo
Alckimin (PSDB). Parte da cúpula do partido resiste.
O ex-presidente da legenda, Roberto Amaral – que renunciou ao posto
após os socialistas decidirem apoiar Aécio Neves (PSDB) no segundo turno
da disputa do ano passado -, já vinha fazendo críticas semelhantes. Ele
afirma que a fusão tem a intenção de fortalecer Alckimin na disputa
interna dos tucanos pela sucessão de Dilma Rousseff (PT). O governador
de São Paulo é um dos nomes cotados para a corrida pelo Palácio do
Planalto.
No Ceará, entretanto, socialistas já anunciam a data para a fusão: 20
de junho. “Isso nos fortalece, inclusive aqui no Ceará”, declarou a
ex-deputada estadual Eliane Novais, que integra a direção nacional do
partido. Ela destaca que a fusão pode garantir ao partido uma das
maiores bancadas da Câmara dos Deputados. Ela afirma que o PPS é um
partido que soma.
PMDB AVALIA QUE IMPEACHMENT " GANHOU PERNAS"
Josias de Souza destaca que o vice-presidente Michel
Temer e seus seguidores passaram a se guiar por uma máxima atribuída ao
senador paraense Jáder Barbalho: “O fato político, quando ganha pernas,
perde a cabeça.” Por esse prisma, as ruas deram pernas ao impeachment. E
o melhor que Temer tem a fazer no momento é nada. Sob pena de subverter
um outro ditado segundo o qual a política é como fotografia —se mexer
muito não sai.
Temer decidiu impor a si mesmo um prazo: 29 de março. Nesse dia, o
PMDB reúne em Brasília o seu diretório nacional para decidir sobre o
rompimento com o governo. Até lá, o discurso de Temer será aguado. Sua
ação, evasiva. Não quer dar motivos nem para que a oposição o acuse de
indeciso nem para que o governo grude nele a pecha de conspirador.
Um dos integrantes do grupo de Temer se diverte: “No momento, tudo o
que o Michel tem a fazer é se trancar no Jaburu e só sair de lá para
alimentar as emas que passeiam pelo gramado.” Convém desperdiçar um naco
do tempo do vice com rezas e mandingas. Com tantas delações pairando
sobre a Lava Jato, nada impede que uma delas caia sobre o gramado do
Jaburu.
DILMA E LULA INSISTEM EM POSSE PARA TORNA-LO MINISTRO
A presidente Dilma Rousseff acertou na reunião da noite desta
segunda-feira (21) no Palácio do Alvorada com o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva que a prioridade será tentar fazer com que ele tome
posse como ministro-chefe da Casa Civil.
Antes do encontro, em conversa com aliados, Lula chegou a manifestar
intenção de desistir do cargo de ministro. “Estamos lutando pela posse
dele”, informou ao blogue do Gerson Camarotti (G1) um participante do
encontro no Alvorada.
A percepção no governo é que, agora, o desgaste político seria muito
maior caso Lula desistisse de assumir o cargo de ministro. Há, no
entanto, o temor de que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)
sobre a nomeação de Lula para o cargo possa demorar mais de uma semana.Fonte:Robson Pires
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