O
caos nas finanças do Governo do Estado começa a piorar, de acordo com
informações repassadas ao blog por Janeayre Souto, presidente do
Sindicato dos Servidores da Administração Direta do Rio Grende do
Norte.
“Obtivemos informações junto à Secretaria de Planejamento que o
pagamento de abril só deve ocorrer no dia 10 de maio”, afirmou
Janeayre.
O Sindicato adianta que vai solicitar uma auditoria do Tribunal de
Contas do Estado (TCE), na folha de pagamento e nas finanças do Governo
do Estado.
Em nota, o Governo do Estado disse que é preciso aguardar o fechamento da arrecadação do mês.
Veja abaixo a íntegra da nota do Governo do Estado:
Ainda não é possível divulgar um calendário de pagamento, porque é
necessário aguardar o fechamento da arrecadação do mês e a chegada dos
recursos via transferências federais. O cenário econômico do país
continua bastante delicado e o Rio Grande do Norte registra frustração
de receitas. Mesmo diante dessa realidade, o Governo está redobrando
esforços para honrar todos os compromissos assumidos desde o início da
gestão, em especial a folha de pagamento. O Governo do Estado não
trabalha com a hipótese de parcelar os salários dos servidores.
DILMA SE DIZ INJUSTIÇADA E ANUNCIA : " VOU ME DEFENDER "
Em
sua primeira declaração após a abertura do processo de impeachment, a
presidente Dilma Rousseff disse, nesta segunda-feira (18), em coletiva
no Palácio do Planalto, que se sente injustiçada pela decisão da Câmara
dos Deputados. Dilma disse que viu todas as declarações dos deputados e
que nenhum deles a acusou de crime de responsabilidade.
“Não vi uma discussão sobre o crime de responsabilidade, a única
maneira de se julgar um presidente da República no Brasil. Isso porque a
Constituição assim o prevê. Ela prevê que é possível [o impeachment] e
está escrito, mas a Constituição estipula que é necessário a existência
do crime de responsabilidade para que um presidente possa ser afastado
do cargo. Isso depois de receber os votos majoritários da população.
Recebi 54 milhões de votos e me sinto indignada”, afirmou.
Sobre a continuidade do processo, a presidenta demonstrou confiança
em ser absolvida no Senado e se disse preparada para o “quarto turno”,
numa referência às disputas políticas que enfrenta desde sua vitória no
segundo turno das eleições de 2014.
Questionada a respeito de uma eventual ação contra o processo no
Supremo Tribunal Federal (STF), a presidenta disse que enxerga o recurso
como mais um instrumento da defesa da democracia .“Nós não vamos abrir
mão de nenhum instrumento que temos para defender a democracia. Não se
trata de judicializar o processo, mas de exercer, em todas as dimensões e
consequências, o direito de defesa”.
A
presidenta demonstrou confiança em ser absolvida no Senado e se disse
preparada para o “quarto turno”. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
AGRIPINO AFIRMA QUE TRAMITAÇÃO DO IMPEACHMENT NO SENADO EXIGE " INTERLOCUÇÃO POLÍTICA MADURA "
O
presidente nacional do Democratas, senador José Agripino (RN),
conversou com jornalistas nesta segunda-feira (18) sobre o processo de
impeachment da presidente Dilma Roussef que passa a tramitar no Senado
Federal. “Os brasileiros esperam e precisam da reconstrução do país pela
via da conciliação nacional e é esse o papel que cabe agora ao
Congresso Nacional, a classe política e aos partidos políticos. Como
presido uma legenda, colocarei minha interlocução a serviço da
conciliação nacional”, declarou.
De acordo com o líder da oposição no
Senado, o momento atual conturbado precede uma fase também difícil a ser
enfrentada pela sociedade. “O Brasil vai ter a oportunidade de se
reencontrar, mas ninguém imagine que a aprovação do impeachment
significa o fim dos problemas do país”, alertou Agripino lembrando a
necessidade de união da classe política após o resultado total do
processo.
“Precisamos [a classe política] fazer
aquilo que a presidente Dilma não foi capaz de fazer que é a conclamação
à união. Ela não contava com a união nem dentro do partido dela. Por
isso, não tinha o direito de conclamar à oposição para votar teses em
que nem o partido dela queria votar. Agora, nós vamos fazer essa
conciliação nacional”, destacou.
Para Agripino, a hora é de maturidade e
equilíbrio. “Com equilibro, moderação e interlocução política madura e
democrática promoveremos a conciliação nacional para fazer as reformas
que o Brasil precisa para sair da crise”, concluiu.
Após ser aprovado na Câmara dos
Deputados, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff deverá
chegar ainda hoje no Senado. Na Casa, são previstas três votações em
plenário até a conclusão do processo.
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