quarta-feira, 27 de abril de 2016

ISOLAMENTO POLÍTICO É O MAIOR PROBLEMA DE ROBINSON FARIA




O governador Robinson Faria não tem tido dias fáceis. Vive o pior momento do seu Governo – até aqui – com crises em setores vitais: Segurança, Saúde e Educação, três pastas à espera de um novo titular, com vários nomes já tendo recusado convites. No caso da Educação, a saída do titular se deu pelo rompimento do PT, partido de grande densidade que lhe dava sustentação política.
Hoje, o maior problema de Robinson Faria é o isolamento político, apesar de ainda contar com o PCdoB do vice-governador Fábio Dantas. Mas historicamente no Rio Grande do Norte, PT e PCdoB são partidos irmãos, já que sempre caminharam juntos. Com o agravante de que o vice não detém o controle partidário. Ou seja, bem ali, pode haver o rompimento.
Mês passado, Robinson ganhou como aliado o PTN do deputado federal Antônio Jácome, líder político no segmento evangélico, mas sem acrescentar lideranças políticas regionais, nem muito menos vozes em defesa do Governo, que tanto precisa no atual momento.
Se voltando para a Assembleia Legislativa, Robinson tem como aliado o presidente da Casa, Ezequiel Ferreira, que é consciente das dificuldades de levar o PSDB para o Governo Robinson, pela posição de três deputados estaduais recém-filiados: José Dias ingressou o ninho tucano depois de romper com Robinson e deixar o PSD. Márcia Maia é oposição ao governador juntamente com a ex-governadora Wilma de Faria. Já Raimundo Fernandes não tem condição de ser Governo pelo problema regional com o colega Galeno Torquato, aliado de primeira hora do Governador.
O isolamento político de Robinson é maior até mesmo do que o da ex-governadora Rosalba Ciarlini, de quem foi vice. A Rosa perdeu Robinson nos primeiros meses de gestão, mas contava com o apoio administrativo e político da maioria da bancada federal. Além do DEM, seu partido na época, estavam no Governo Rosa outras legendas de peso, com lideranças de grande densidade política-eleitoral, o que não ocorre agora.
O tempo urge.
z

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