O
governador Robinson Faria não tem tido dias fáceis. Vive o pior momento
do seu Governo – até aqui – com crises em setores vitais: Segurança,
Saúde e Educação, três pastas à espera de um novo titular, com vários
nomes já tendo recusado convites. No caso da Educação, a saída do
titular se deu pelo rompimento do PT, partido de grande densidade que
lhe dava sustentação política.
Hoje, o maior problema de Robinson Faria
é o isolamento político, apesar de ainda contar com o PCdoB do
vice-governador Fábio Dantas. Mas historicamente no Rio Grande do Norte,
PT e PCdoB são partidos irmãos, já que sempre caminharam juntos. Com o
agravante de que o vice não detém o controle partidário. Ou seja, bem
ali, pode haver o rompimento.
Mês passado, Robinson ganhou como aliado
o PTN do deputado federal Antônio Jácome, líder político no segmento
evangélico, mas sem acrescentar lideranças políticas regionais, nem
muito menos vozes em defesa do Governo, que tanto precisa no atual
momento.
Se voltando para a Assembleia
Legislativa, Robinson tem como aliado o presidente da Casa, Ezequiel
Ferreira, que é consciente das dificuldades de levar o PSDB para o
Governo Robinson, pela posição de três deputados estaduais
recém-filiados: José Dias ingressou o ninho tucano depois de romper com
Robinson e deixar o PSD. Márcia Maia é oposição ao governador juntamente
com a ex-governadora Wilma de Faria. Já Raimundo Fernandes não tem
condição de ser Governo pelo problema regional com o colega Galeno
Torquato, aliado de primeira hora do Governador.
O isolamento político de Robinson é
maior até mesmo do que o da ex-governadora Rosalba Ciarlini, de quem foi
vice. A Rosa perdeu Robinson nos primeiros meses de gestão, mas contava
com o apoio administrativo e político da maioria da bancada federal.
Além do DEM, seu partido na época, estavam no Governo Rosa outras
legendas de peso, com lideranças de grande densidade política-eleitoral,
o que não ocorre agora.
O tempo urge.
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