O Partido Progressista (PP) começa a desembarcar do
governo com mais força. Os diretórios no Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, Paraná, São Paulo, Distrito Federal, Goiás, Espírito Santo e
Acre decidiram apoiar o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), anunciou, na semana
passada, que o partido orientaria os mesmos a votar contra a interrupção
do mandato da presidente Dilma. Na ocasião, o senador afirmou que o
posicionamento da legenda não seria mais discutido até o fim do
processo, mas internamente ele reconhecia a instabilidade da situação e
já admitia o desembarque de alguns diretórios.
BANCOS TENTAM RENEGOCIAR DÍVIDAS DE 150 BILHÕES
O
jornal O Estado de São Paulo publica hoje a informação de que as
maiores instituições financeiras do País já montaram uma operação
orquestrada para evitar a inadimplência de débitos que, somente entre as
15 maiores empresas do País – excluindo a Petrobras –, chega a R$ 50
bilhões com o sistema bancário nacional e a R$ 150 bilhões, se incluídas
os financiamentos no exterior.
O rebaixamento da classificação de risco do Brasil e das principais
companhias e bancos brasileiros tornou mais difícil e mais cara a
renegociação das dívidas lá fora. Os bonds (títulos no exterior) da
Odebrecht, por exemplo, estão sendo negociados a 12% do valor de face.
Para permitir a renegociação em condições mais favoráveis às
companhias endividadas, integrantes do governo vêm pressionando o Banco
Central a liberar parte do dinheiro que os bancos são obrigados a deixar
na instituição. A ideia é que o BC libere parte dos depósitos
compulsórios com a condição que os bancos usem esses recursos em linhas
de financiamento para que as empresas resgatem os papéis emitidos no
exterior.
GRUPOS PRÓ E CONTRA DILMA SEPARADOS POR BARREIRAS
As medidas de segurança traçadas para a semana de manifestações na
semana de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff já
começaram neste domingo (10) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A
Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal instalou barreiras
no meio da Esplanada, separando as alas sul (para os contrários ao
governo) e norte (para os favoráveis a Dilma). O objetivo é evitar
confronto entre os manifestantes pró e contra o impeachment. Até o
gramado do Congresso Nacional, ponto tradicional das manifestações, já
está separado ao meio.
A barreira de metal tem aproximadamente dois metros de altura, e
impede a visão entre os dois lados opostos, e tem ainda um cercado menor
no entorno. Será um corredor de 80 metros de largura, exclusivo para os
agentes de segurança, que vai até o Congresso. Os manifestantes não
poderão descer até a praça dos Três Poderes, onde ficam o Palácio do
Planalto e o Supremo Tribunal Federal.FONTE:ROBSON PIRES
Nenhum comentário:
Postar um comentário