O deputado Paulo Maluf (PP-SP), integrante da
comissão que analisa o impeachment da presidente Dilma Rousseff na
Câmara, acusa o governo de oferecer cargos para “comprar” o apoio de
parlamentares do seu partido para salvar o mandato de Dilma.
O ex-prefeito de São Paulo prometia votar contra a cassação da
presidente, mas diz que se agora sente “liberado” para mudar de ideia.
“O governo está se metendo num processo de compra e venda que é
detestável”, disse Maluf à Folha. “Querem construir maioria no
Legislativo dividindo o Executivo. Não é assim”, afirmou.
O deputado não quis citar nomes de colegas do PP que estariam
negociando votos em troca de cargos e verbas. Ele trava um conflito
interno com a direção do PP.
“Se os deputados do partido se elegeram com a Dilma, eles tinham a obrigação moral de estar com ela agora”, afirmou.
“Eu não queria fazer uma injustiça com a presidente, que é uma
senhora correta e tem uma vida limpa. Mas agora a minha tendência está
mudando”, disse Maluf.
RELATOR DA COMISSÃO DO IMPEACHMENT QUER VOTAR RELATÓRIO NA PRÓXIMA SEGUNDA - FEIRA
O
relator da comissão especial que analisa o pedido de impeachment contra
a presidente da República, Jovair Arantes (PTB-GO), confirmou que vai
fazer a leitura do parecer final nesta quarta-feira (6), a partir das 14
horas. A intenção é votá-lo na segunda-feira (11).
Jovair Arantes não quis antecipar quantas páginas terá o relatório,
mas ressaltou que o documento é longo e será lido em sua integralidade.
Logo depois será concedida vista conjunta. Os partidos terão prazo de
duas sessões para analisar o parecer. Na sexta-feira (8), quando se
encerra o prazo de vista, imediatamente será convocada reunião para o
início das discussões.
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