Deu no Cláudio Humberto:
Tendo afirmado dias atrás que se consideraria “carta fora do
baralho”, caso fosse derrotada na Câmara neste domingo, a oposição
trabalha com a hipótese de renúncia da presidente Dilma.
Dilma se acha fora do jogo, a partir de agora, porque sabe que (1) já
há número de senadores dispostos a instaurar o processo e afastá-la do
cargo. E (2) sua condenação no julgamento será incontornável.
CUNHA PODE SE SALVAR DA PRÓPRIA CASSAÇÃO
O temido efeito colateral do impeachment da presidenta Dilma no
Congresso já está em curso. O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
que agiu como o maior antagonista ao Governo de Dilma Rousseff, ganhou
ares de vitorioso neste domingo. E agora sua bancada informal quer
retribuir o serviço prestado.
Cunha, que é réu no Supremo Tribunal Federal por seu envolvimento na
Lava Jato, está sob o risco de perder seu mandato no Conselho de Ética
por ter mentido na Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras, onde
ele negou ter contas no exterior. Se isso acontecer, ele perderia o
direito ao foro privilegiado, e poderá ser julgado pelo implacável juiz
federal Sérgio Moro.
PT E MINISTROS DEFENDEM QUE DILMA REDUZA MANDATO E LANCE " DIRETAS JÁ "
O diretório do PT deve discutir na terça-feira (19) que Dilma
Rousseff envie ao Congresso Nacional proposta de redução de seu próprio
mandato e de convocação de eleições presidenciais ainda neste ano, junto
das eleições municipais do país.
A ideia é que a presidente anuncie que abre mão de dois anos de
mandato mesmo que chegue a ser inocentada de crimes de responsabilidade
pelo Senado, que julgará se a petista é ou não inocente e se deve ser
afastada em definitivo do cargo, consumando o impeachment.
Segundo a Folha de São Paulo,no mesmo projeto, Dilma estabeleceria
que, assim como ela ficou seis anos na Presidência, o sucessor,
escolhido pelo voto direto, teria mandato de seis anos, sem reeleição.
Há pequenas variações em torno do tema. Alguns dirigentes do PT, por
exemplo, acreditam que Dilma não deve incluir na proposta de eleições a
sugestão de novo período para o mandato presidencial nem o fim da
reeleição.
Outros têm dúvidas sobre a conveniência de a própria presidente
figurar oficialmente como autora da proposta ou se o melhor seria ela
apenas encaminhar a sugestão do partido, que seria assinada também por
outras legendas. A ideia de redução do mandato de Dilma e da convocação
de “diretas já”, se aprovada no PT, pode ser levada oficialmente à
presidente nos próximos dias.
AÉCIO COMEMORA IMPEACHMENT E PEDE MOBILIZAÇÃO NAS RUAS E NO CONGRESSO
A aprovação do parecer pela abertura do processo de impeachment
contra a presidenta Dilma Rousseff pela Câmara dos Deputados foi
comemorada pelo presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG). Pelas
redes sociais, o tucano disse que o país vive um momento “grave”, mas
que a sociedade precisa se manter mobilizada porque, segundo ele, “a
luta ainda não acabou”.
“A vitória do impeachment é a vitória dos brasileiros e da
democracia”, disse Aécio. “Teremos dias difíceis pela frente, mas ao
nosso lado está a Constituição e a solidez das nossas instituições. A
luta ainda não acabou, é preciso manter a mobilização nas ruas e no
Congresso. O pedido de impeachment agora chega ao Senado, e, mais uma
vez, a força dos brasileiros haverá de fazer a diferença”, disse ele.FONTE:ROBSON PIRES
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