O presidente afastado da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
ingressou com uma ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para
processar o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) pelos crimes de
calúnia, injúria e difamação.
Ação está relacionada a declaração feita pelo parlamentar durante a
votação da admissibilidade do processo de impeachment pela Câmara,
quando Wyllys disse estar “constrangido de participar dessa farsa
sexista, dessa eleição indireta, conduzida por um ladrão, urgida por um
traidor, conspirador, apoiada por torturadores, covardes, analfabetos
políticos e vendidos”. O relator dop processo é o ministro do STF Gilmar
Mendes.
Segundo a defesa de Cunha, Jean Wyllys feriu a honra, o decoro e a
dignidade durante a sua fala. Ainda segundo os advogados, a “imunidade
parlamentar não pode ser confundida com a outorga de uma autorização
para que o seu detentor realize ataques pessoais infundados e covardes
contra seus desafetos”.
EX- DEPUTADO AFIRMA QUE LLA INDICOU " HOMEM FORTE " DO ESQUEMA NA PETROBRAS
O ex-deputado federal e ex-presidente do Partido Progressista, Pedro
Corrêa, declarou, em acordo de delação premiada com Ministério Público
Federal (MPF), que o ex-presidente Lula, além de ter conhecimento de
todo o esquema de propinas dentro da Petrobras, seria o responsável pela
indicação de Paulo Roberto Costa para a diretoria da estatal. Este
seria considerado um dos principais ‘homens fortes’ que comandariam o
repasse de dinheiro aos beneficiados pelo Petrolão e que teria ligação
direta com o petista.
Apesar de ainda não constar como homologado pela Justiça, o acordo
apresenta, em determinados trechos, relatos dos diálogos de Lula com o
ex-presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra. O assunto entre ambos
era somente um: a nomeação do homem de confiança de Lula, para ocupar um
cargo estratégico para o esquema dentro da diretoria da empresa.
DELATOR CITA HENRIQUE ALVES E LÍDERES DO PMDB EM ESQUEMA DE CORRUPÇÃO
O ex-deputado federal pelo PP Pedro Corrêa, preso pela Operação Lava
Jato, cita em delação premiada vários deputados, senadores, ministros,
ex-ministros e, pelo menos, um governador, como corruptos. Corrêa afirma
ainda que o ex-presidente Lula articulava o esquema de corrupção na
Petrobras. A delação de Pedro Corrêa aguarda a homologação do ministro
Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.
De acordo com a revista, o delator teria contado sobre um encontro
dos senadores Renan Calheiros, Romero Jucá, Jader Barbalho e Henrique
Eduardo Alves com diretores Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró e o
lobista Jorge Luz. Segundo a Veja, os caciques do PMDB cobraram alto
para apoiar a permanência de Costa e Cerveró na Petrobras: 18 milhões de
dólares em propina que deveria ser paga a tempo de financiar a campanha
do ano – receberam 6 milhões de dólares.
De acordo com a revista, Pedro Corrêa disse que atual ministro do
Turismo, Henrique Eduardo Alves, ficava com parte de tudo o que era
arrecadado pelo esquema do PMDB. Eduardo Cunha recebeu parte dos 6
milhões de dólares e o ex-ministro e atualmente senador Edison Lobão
tinha participação nos contratos com as grandes empreiteiras.
HÁ RISCO DE CUNHA NÃO SER CASSADO
Eduardo Cunha espera que Marcos Rogério apresente um relatório de
cassação abrangente, que inclua questões que não estavam previstas na
admissibilidade, como as acusações de recebimento de propina.
Será a deixa para os aliados de Cunha votarem contra o documento no
Conselho de Ética. Uma vez derrotado o relatório de Rogério, será
escolhido um novo relator.
Em vez da cassação, o próximo relatório pedirá uma punição mais branda para Cunha.
Esse é o plano.
O Antagonista.FONTE: ROBSON PIRES
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