A
crise bateu à porta das prefeituras potiguares com força. 28 prefeitos
admitem atrasos no pagamento de funcionários. Mas não é só isso. O setor
mais frontalmente atingido pelo declínio financeiro foi a aducação.
Dentre as prefeituras potiguares, 71 têm dificuldades em cumprir o
piso do magistério, 13 tiveram que fechar escolas municipais, 17 estão
sem merenda escolar e 59 passam por dificuldade de manter a frota para o
transporte dos estudantes.
MEDO DE NOVAS BAIXAS NO MINISTÉRIO ASSOMBRA O GOVERNO DE TEMER
Apesar de ser interpretado por alguns como um bom indicativo de que o
presidente interino, Michel Temer, se diferencia do governo anterior,
as demissões rápidas de ministros pegos em irregularidades têm levado
insegurança e preocupação aos titulares da Esplanada dos Ministérios.
Segundo O Globo, com cinco ministros investigados pelo Supremo Tribunal
Federal (STF) e dois citados na Operação Lava Jato, o medo da degola a
qualquer momento, por pressão da opinião pública, tem levado a um clima
de apreensão e de críticas ao que chamam de “fraqueza” de Temer.
Na reunião ministerial, logo depois da posse, Temer avisou a seus
ministros: quem errar, está fora do governo. “Meu governo será
implacável com quem cometer ilegalidade”. O primeiro a cair foi o
ex-ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), logo após a
divulgação do grampo em que aparece conversando com o ex-presidente da
Transpetro Sérgio Machado, dizendo que o impeachment “estancaria a
sangria”.
PT SE AGARRA NA TETA DA " QUARENTENA REMUNERADA "
Deu no Cláudio Humberto:
Já
são dezenas os pedidos de “quarentena remunerada” à Comissão de Ética
Pública da Presidência da República, cujos integrantes foram nomeados
por Dilma Rousseff. Espertos, ex-ocupantes de boquinhas no governo
petista querem continuar recebendo seus salários integrais alegando
“dificuldade de encontrar trabalho”. A malandragem petista foi usada
antes por Antônio Palocci, ex-ministro da Casa Civil de Dilma.
Ao menos seis ex-ministros de Dilma receberão R$ 31 mil por mês, sem
trabalhar, alegando “conflito de interesses” com a iniciativa privada.
Entre os que continuarão pendurados nas tetas do governo, recebendo
salários integrais de ministro, estão Jaques Wagner e Miguel Rossetto.
PARTIDOS SÃO CENTRAIS DE NEGÓCIOS, DIZ NOVO MINISTRO DA TRANSPARÊNCIA
O novo ministro da Transparência, Controle e
Fiscalização, Torquato Jardim, avaliou que atualmente os partidos
políticos no país são “uma central de negócios” e reagiu com ceticismo à
possibilidade da operação “lava jato” trazer mudanças à cultura da
corrupção no país. As declarações foram dadas em entrevista ao jornal
“Diário do Povo do Piauí”, concedida no final do mês passado e antes de
ser convidado para assumir o ministério.
Sobre as críticas de Jardim, os líderes do chamado “centrão” da
Câmara dos Deputados reagiram com indignação. “Prefiro ficar calado do
que responder idiotice. Idiotice não se responde”, afirmou o líder do
PTB, deputado Jovair Arantes (GO), um dos principais articuladores do
centrão. Para o parlamentar goiano, o novo ministro tem o dever de
explicar sua declaração.
JURISTA CONDENA LENIÊNCIA COM CORRUPTOS
O jurista Modesto Carvalhosa criticou em artigo no
jornal O Estado de S. Paulo a maneira como estão sendo planejados os
acordos de leniência com empresas condenadas por corrupção em esquema de
parceria com companhias estatais. Para ele, os acordos de leniência que
estão tentando ser feitos com a nova lei, nada mais são do que a
ratificação de um procedimento que leva à plena continuidade da
corrupção nas relações contratuais do setor público com o privado.
“No Brasil, a despeito do extraordinário trabalho desenvolvido pela
‘lava jato’, teremos o mesmo fenômeno que ocorreu na Itália, após a
operação mãos limpas. Por terem os juízes de lá protegido as empresas
corruptas, o resultado daquele esforço histórico foi zero. A corrupção
aumentou ainda mais nas duas décadas seguintes, sendo hoje a Itália –
fundadora da União Europeia – a artista convidada em todas as análises
sobre o tema”, escreveu Carvalhosa.
PRESIDENTE TEMER QUER SE APROXIMAR DOS SEM TETOS E SEM TERRA
Um cenário inimaginável há anos pode ocorrer na atual conjuntura
política: Os sem-teto e os sem-terra, que infernizam avenidas, estradas e
propriedades rurais, fecharem aliança – ou acordo de trégua – com um
Governo de Centro-direita.
O presidente da República, Michel Temer, articula uma forte
aproximação de seu Governo com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra (MST) e com entidades de sem-teto, historicamente ligados – e
financiados – pelo Partido dos Trabalhadores e seu Governo. Temer quer
neutralizar a gritaria nas ruas, o bloqueio de estradas e iminentes
invasão de fazendas – o GSI e a Abin acompanham de perto.
O presidente convidou o ex-líder maior do MST, José Rainha, hoje
comandante da Frente Nacional de Luta e ainda influente entre sem-terra,
para ser consultor informal sobre a demanda do campo. Rainha esteve no
Palácio e não escondeu a satisfação para ser o interlocutor da pauta
agrária. “Queremos a volta do Desenvolvimento Agrário”, disse Rainha à
Coluna Esplanada. FONTE: ROBSON PIRES
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