O marqueteiro João Santana deve admitir que recebeu dinheiro para a
campanha de Dilma Rousseff por meio de caixa dois, informa Mônica
Bergamo, na sua coluna da Folha de S.Paulo desta segunda-feira. Santana
resiste a fazer delação premiada, mas precisa responder a
questionamentos nos processos que correm contra ele por corrupção,
lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. De acordo com amigos do
publicitário, será difícil ele contestar os indícios colhidos pela
Operação Lava Jato que mostram pagamentos feitos a ele para a campanha
de 2014.
Mônica Moura, mulher de Santana e também presa na Operação Lava Jato,
já disse a procuradores que empresas contribuíram para a campanha de
Dilma no caixa dois. Ela está fazendo delação premiada. Santana está
trabalhando na faxina do complexo penal em que está detido. Ele tenta
também dar aulas de inglês. Os dias trabalhados são descontados das
penas que os presos têm que cumprir.
GOVERNO FEDERAL LANÇA NOVA CAMPANHA DE LINHA DE CRÉDITO
O Governo lançou uma nova linha de financiamento
para empresas que faturam até 3,6 milhões por ano. São R$ 5 bilhões
provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O projeto,
batizado de Travessia, quer ajudar o setor a passar pela crise com menor
desemprego possível. O objetivo é reduzir o desemprego de jovens entre
14 e 18 anos, faixa etária com mais dificuldade de entrar no mercado de
trabalho.
A linha de crédito já está disponível, com limite de financiamento de
200 mil reais por empresa. O prazo de pagamento é de 48 meses e a taxa
de juros fica entre 17% e 19,3%. Os empreendedores devem procurar as
agências do Banco do Brasil e os bancos conveniados ao BNDES.
NÃO CHORE PELO PT
Para
Hiroo Onoda, a 2ª Guerra Mundial só terminou no dia 9 de março de 1974
quando ele emergiu da selva da ilha Lubang, nas Filipinas, e se rendeu
ao seu superior, o major Yoshimi Taniguch, que lhe ordenara 30 anos
antes resistir até à morte.
Depôs a espada e o rifle ferrolho Arisaka, em perfeito estado de
revista. Vestia um gasto uniforme de soldado. De volta ao Japão, foi
recebido como herói.
Onoda alistou-se com 20 anos para servir ao exército imperial japonês
em guerra contra os Estados Unidos, a União Soviética, a Inglaterra e
demais países aliados. Foi enviado a Lubanga para evitar que a ilha
caísse em mãos inimigas.
Como ela caiu, ele e mais três soldados se refugiaram nas montanhas
para resistir. Dois morreram. Onoda não acreditava que o Japão fora
derrotado.
Talvez fosse o caso de Lula procurar Dilma para informá-la que a
guerra contra o impeachment acabou, e que ela, ele e o PT foram
derrotados. Ao contrário de Onoda, Dilma não recebeu ordem do seu
superior para resistir até à morte.
Resiste por teimosia. Lula está em outra, negociando a salvação da
própria pele. O PT estima suas perdas que podem ser maiores do que
supõe.
O que menos interessa ao PT é o que Dilma promete caso sobreviva ao
julgamento do Senado e retorne ao cargo: um plebiscito para que o
brasileiro decida se quer antecipar a eleição presidencial de 2018.
Plebiscito ou referendo nem sempre é a melhor solução. Milhões de
ingleses arrependeram-se do referendo que decidiu pela saída do Reino
Unido da União Europeia.
Em seu pior momento desde que foi fundado, o PT está condenado a
perder as eleições municipais de outubro próximo. Como poderia ganhar
uma eleição presidencial?
De resto, por que o Senado devolverá o poder a Dilma se ela acena com
a possibilidade de não governar até o fim do mandato? Não devolverá. O
melhor seria que Dilma se rendesse sem provocar mais danos ao país.
Bastam os danos que provocou legando ao presidente interino a herança
maldita de mais de 11 milhões de desempregados. Bastam os que o PT
também provocou – entre eles, a corrupção que contaminou todo o aparelho
do Estado e suas relações com sócios e fornecedores privados.
O que a Lava-Jato já descobriu empurrou o Brasil para o cume dos
países mais corruptos. O que começa a ser descoberto poderá catapultar o
PT para a galeria dos partidos mais cruéis com o povo.
Que tal um partido capaz de roubar parte do salário de funcionários
públicos, pensionistas e aposentados endividados que para manter suas
famílias recorriam a empréstimos consignados cujas prestações são
descontadas automaticamente em folha de pagamento?
Na semana passada, Paulo Bernardo, marido da senadora Gleisi Hoffmann
(PT-PR), ex-ministro do Planejamento do governo Lula, ex-ministro das
Comunicações do governo Dilma, foi preso sob a suspeita de ter sido um
dos chefes da organização criminosa que arrecadou entre 2009 e 2015 algo
como R$ 100 milhões em propina para financiar o PT e enriquecer seus
caciques.
De cada um real pago mensalmente por um servidor público como taxa de
gerenciamento do seu empréstimo, setenta centavos iam parar nos cofres
do PT.
Roubar dinheiro de quem trabalha para ganhá-lo? Um partido, aqui, nunca ousou tanto.
“Chorei por mim e por meus amigos. Tem várias maneiras de ser
assaltada”, comentou a servidora pública Ana Gori, de Brasília,
endividada há 16 anos.
Ricardo Noblat
COMISSÃO DO IMPEACHMENT OUVE ESTA SEMANA ÚLTIMOS DEPOIMENTOS DA DEFESA DE DILMA
Os últimos depoimentos de testemunhas de defesa da
presidenta Dilma Rousseff e a entrega dos laudos de perícia sobre os
documentos que embasam o processo vão marcar o início da semana no
Senado Federal. Para esta segunda-feira (27) está prevista a entrega dos
laudos. Na terça-feira (28), os senadores devem apresentar pedidos de
esclarecimento sobre pareceres técnicos.
Também hoje os membros da comissão ouvirão os depoimentos do
ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, hoje deputado Patrus Ananias
(PT-MG), e dois ex-subordinados seus na equipe do ministério: a
ex-secretária executiva Maria Fernanda Ramos Coelho e o ex-diretor do
Departamento Financeiro, João Luiz Gaudagnin.
Amanhã será a vez dos senadores ouvirem os depoimentos dos
ex-ministros da Defesa, Aldo Rebelo, e da Advocacia Geral da União, Luiz
Inácio Adams, e ainda do representante do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), Antônio Carlos Rebelo, para análise de créditos suplementares.
EX- PRESIDENTE DILMA SE REÚNE AMANHÃ COM ALIADOS PARA FORMULAR PROPOSTA DE NOVAS ELEIÇÕES
Com
a articulação política tímida no Senado para tentar reverter os votos
pró-impeachment, os efeitos da Operação Custo Brasil, que prendeu o
ex-ministro Paulo Bernardo, e ainda o mergulho estratégico do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os aliados da presidente
afastada Dilma Rousseff tentam a última cartada para retomar o poder.
Amanhã, às 19h, reunião no Palácio da Alvorada com lideranças
políticas ligadas à petista e grupo de juristas pretende amarrar
juridicamente proposta de novas eleições para ser encampada por Dilma
caso ela retorne à Presidência da República. Os 10 senadores da bancada
do PT no Senado fecharam questão e apoiam integralmente a convocação de
um plebiscito para a população brasileira decidir em relação à
realização de eleição presidencial neste ano.
DEPUTADOS E PROCURADORES DEFENDEM APROVAÇÃO DO PROJETO CONTRA A CORRUPÇÃO
Procuradores da República e deputados federais apoiaram as 10 medidas anticorrupção propostas pelo Ministério Público Federal (MPF) a partir da campanha “#CORRUPÇÃONÃO”, que reuniu, por meio de assinaturas, o apoio de mais de dois milhões de pessoas.
Um dos idealizadores da campanha anticorrupção, o procurador da
República Deltan Dallagnol disse que as medidas funcionam como um
sistema de desestímulo à prática de corrupção.
POLÍTICOS NÃO SABEM COMO FINANCIAR CAMPANHA
Os candidatos a prefeito e vereador nas eleições
deste ano serão as cobaias de um novo modelo de financiamento, minguado
sem as doações empresariais milionárias.
O resultado é uma incógnita. A operação Lava-Jato e a mudança na
legislação provocaram um terremoto nas práticas eleitorais, obrigando a
classe política a redefinir a metodologia de arrecadação das campanhas.
Até agora, os partidos não sabem o que fazer.
Quem concorre este ano estima que os gastos vão cair pela metade, já
que só restam como fontes de receitas o Fundo Partidário e as doações de
pessoas físicas, sem tradição no Brasil.FONTE:ROBSON PIRES
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