O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori
Zavascki concedeu prazo de cinco dias para que o presidente afastado da
Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apresente defesa prévia
na ação penal a que ele responde no tribunal.
De acordo com a decisão, assinada na terça-feira (7), o
interrogatório de Cunha será feito ao fim da tramitação da ação penal,
que ainda não tem previsão ocorrer. Em março, a maioria dos ministros da
Corte, seguindo o voto de Teori Zavascki, entendeu que há indícios de
que Cunha recebeu US$ 5 milhões de propina por um contrato de
navios-sondas da Petrobras e determinou abertura de ação penal.
EX- MINISTRO DE DILMA GANHA BOQUINHA NA SAÚDE
Deu no Cláudio Humberto:
O ex-ministro da Saúde José Agenor Álvares deu um jeito de se agarrar
em uma boquinha no governo de Michel Temer. Álvares foi
secretário-executivo antes de ser efetivado ministro e, agora, ganha uma
sala exclusiva para dar expediente na Universidade Aberta do SUS.
Funcionários reclamam que a UNA-SUS virou biombo para dilmistas que
perderam seus cargos, como o ex-assessor Paulo Coury.
Do blogue: Não lembre dele. Também pudera: só passou quinze dias.
NA TV, DILMA FALA EM CONVOCAR PLESBISCITO
Em entrevista veiculada ontem à noite na TV Brasil, a presidente
afastada, Dilma Rousseff, afirmou que, “querendo ou não”, a população
terá de ser consultada caso ela retorne à Presidência da República ao
fim do processo de impeachment no Senado. Sem dar detalhes, Dilma lançou
a proposta de um plebiscito para se decidir os rumos do mandato, em
caso de sua vitória no Senado. Mas um desfecho do impeachment favorável à
presidente é, hoje, o cenário mais improvável. Na admissão do processo,
em 12 de maio, Dilma obteve apenas 22 votos contra o impeachment. Ela
precisa de um terço — 27 votos — para continuar presidente.
O jornal O Globo mostrou no último dia 2 que Dilma já aceitou uma
proposta de petistas de convocar um plebiscito para consultar a
sociedade sobre a antecipação das eleições presidenciais. Emissários de
Dilma no Senado, como a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), ex-ministra da
Agricultura, já fazem consultas a parlamentares sobre a hipótese de
fazer o plebiscito junto com as eleições municipais, a respeito da
interrupção do mandato e da convocação de novas eleições em 90 dias. A
ideia é, com isso, virar votos no impeachment.
FILHA DE EDUARDO CUNHA CONTINUA NA COTA DE INVESTIGADOS
Danielle Dytz Cunha, filha do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), continuará na “cota”
dos investigados de inquérito sob o comando da Força-Tarefa da Lava
Jato. O juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos na primeira
instância, aceitou a denúncia contra a mulher de Cunha, Claudia Cordeiro
Cruz, pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Os
crimes estão relacionados a gastos realizados no exterior que somam,
somente entre 2014 e 2015, US$ 156 mil dólares (mais de R$ 528 mil).
GOLPISTAS SE PASSAM PELO EX- DEPUTADO JOÃO MAIA NO WHATSAPP
Golpistas se utilizaram do WhatsApp para tentar
enganar empresários seridoenses. Os criminosos estariam se passando
pelo presidente estadual do PR, ex-deputado federal João Maia, e pedindo
ajuda para eventos beneficentes.
Todas as conversas são pelo aplicativo, já que o suposto deputado diz
ter passado por cirurgia nas cordas vocais. Segundo a assessoria do
ex-deputado, ele não está realizando nenhum tipo de campanha e goza de
boa saúde.
TEORI DECIDE SÓ PRISÃO DE RENAN, CUNHA, JUCÁ E SARNEY
Ministros
do Supremo Tribunal Federal próximos a Teori Zavascki acreditam que ele
decidirá sozinho o pedido da Procuradoria-Geral da República de prender
quatro líderes do PMDB: o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL); o
presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (RJ); o senador Romero
Jucá (RR); e o ex-senador José Sarney (AP).
Depois, Teori submeteria sua decisão ao plenário do tribunal.
Ele procedeu dessa forma ao determinar a prisão do ex-senador
Delcídio Amaral (sem partido-MS), no ano passado, levando o caso aos
demais colegas da 2ª Turma, e ao afastar Eduardo Cunha do cargo e do
mandato, no mês passado, submetendo depois a decisão ao pleno do STF.
MANOBRA PARA SALVAR CUNHA FICOU MAIS VERGONHOSA APÓS SUA MULHER VIRAR RÉ
Ao encampar a espantosa explicação de Eduardo Cunha sobre o dinheiro
achado nas contas secretas na Suíça, os aliados do deputado estão, no
fundo, pedindo ao brasileiro que faça como eles: se finja de bobo pelo
bem da governabilidade. Todos sabem que Cunha mentiu ao dizer que não
tem contas no estrangeiro. Mas não convém arriscar a estabilidade do
regime por algo tão politicamente supérfluo como a verdade. O diabo é o
doutor Sérgio Moro, ao transformar em ré a mulher de Cunha, Cláudia
Cruz, atrapalha a combinação de que o marido dela não fez nada que
justifique uma cassação do mandato.
Moro e os investigadores da Lava Jato deixam a infantaria congressual
de Cunha numa situação surreal: há uma dinheirama na Suíça que ninguém
pode comentar na Câmara. Mas o coordenador da Lava Jato, procurador
Deltan Delagnol, afirma que a mulher de Cunha, servindo-se de parte
dessa verba invisível, “cometeu dois tipos de lavagem de dinheiro: 1)
ocultação no exterior de mais de US$ 1 milhão, fruto de propinas
recebidas pelo marido Eduardo Cunha; e 2)conversão desse dinheiro em
bens de luxo.”FONTE:ROBSON PIRES
Nenhum comentário:
Postar um comentário