Um
esquema de espionagem no setor de inteligência da Polícia Militar de
Mato Grosso foi descoberto e a Procuradoria-Geral da República (PGR)
apura se o governador Pedro Taques (PSDB) tinha conhecimento e de quem
partiu a ordem para os grampos. No relatório da PM sobre suposta
investigação de tráfico de drogas estavam nomes de pessoas que não
tinham nenhuma relação com o crime, como de políticos, advogados,
médicos, servidores públicos e até de um jornalista.
A PGR investiga ainda quando começou esse esquema de interceptações
telefônicas clandestinas, que veio à tona neste domingo (14) em uma
reportagem do Fantástico.
Os documentos pedindo à Justiça autorização para interceptar os
telefones foram assinados pelo cabo da PM, Gerson Luiz Ferreira Correia
Júnior. No entanto, além dos números dos supostos integrantes da
quadrilha de tráfico de drogas, foram juntados por “tabela” outros
telefones.
Esse tipo de gravação telefônica clandestina, de pessoas que não são
acusadas de crime, é conhecida como “barriga de aluguel”, conforme o
ex-secretário estadual de Segurança Público e promotor de Justiça, Mauro
Zaque.
ASSIM COMO NO MENSALÃO, MARQUETEIRO COMPLICA LULA
Em 11 de agosto de 2005, o marqueteiro Duda Mendonça jogava uma bomba
sobre a cabeça do PT ao admitir em uma CPI que havia recebido caixa
dois do partido relativo à disputa que elegeu Lula.
Um total de quase R$ 12 milhões teria vindo diretamente de Marcos
Valério, o vilão número 1 do escândalo do mensalão, que levou para a
cadeia cabeças coroadas da legenda.
Presidente da República havia quase três anos, Lula chegou a ver seu
governo especialmente ameaçado naquele dia e ouviu vaticínios como o do
adversário Jorge Bornhausen (DEM-SC), para quem o Brasil estaria livre
“dessa raça” por 30 anos.
Como todos viemos a saber depois, inclusive Bornhausen, Lula se
reelegeu no ano seguinte e fez a sucessora, deixando o Palácio do
Planalto com 83% de aprovação.FONTE: ROBSON PIRES
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