Voto vencido na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nas
decisões que libertaram o pecuarista José Carlos Bumlai e o
ex-tesoureiro do PP João Cláudio Genu, na semana passada, e o
ex-ministro José Dirceu, nesta terça-feira, o ministro Edson Fachin,
relator da Lava Jato no tribunal, mantém-se alinhado às decisões do juiz
federal Sergio Moro e aos anseios da força-tarefa da operação em
Curitiba desde que assumiu a relatoria, em fevereiro.
Nas cinco vezes em que precisou decidir sobre a manutenção de prisões
preventivas determinadas por Moro, Fachin concordou com todas elas. O
relator foi acompanhado por seus pares em duas decisões neste sentido:
ao negar liberdade a Genu pela primeira vez, em 7 de fevereiro, e ao
ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), uma semana depois.
PALOCCI ABRIU DA DELAÇÃO DEPOIS DE DIRCEU
Os procuradores da Força Tarefa da Lava Jato foram avisados que o ex-ministro Antonio Palocci
(PT), preso em Curitiba, suspendeu no final da tarde desta terça a
negociação para firmar um acordo de delação premiada. A decisão do Supremo Tribunal Federal de libertar do ex-ministro José Dirceu, tomada no final da tarde desta terça-feira (02), mudou a situação.
Palocci alimenta a esperança de também ser solto por um recurso apresentado ao Supremo. Isso não significa que Palocci não vá mais colaborar com a Lava Jato: ele pode fazer isso mesmo solto. Mas a negociação recuou duas ou três casas, segundo os procuradores.
A delação de Palocci é a mais temida por petistas, banqueiros, deputados e outros grandes empresários. Um dos mais prejudicados se Palocci falar é o ex-presidente Lula.
ÉPOCA
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