Sem
confirmação de presença da maior parte dos líderes de sua base aliada, o
presidente Michel Temer decidiu cancelar o jantar que ofereceria neste
domingo (21), no Palácio da Alvorada, em uma tentativa de demonstrar que
mantém apoio no Congresso.
Pela manhã, o governo havia convocado aliados e ministros para o
encontro, marcado para 19h30. O convite havia sido disparado pelo
ministro Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), em nome de Temer.
Parte dos líderes e ministros, entretanto, avisou ao governo que não
chegaria a tempo da reunião, uma vez que haviam optado por passar o fim
de semana em seus Estados de origem e foram chamados de última hora.
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FACHIN NÃO TINHA COMPETÊNCIA JURÍDICA PARA A MISERICORDIOSA HOMOLOGAÇÃO DA DELAÇÃO DE JOESLEY , DIZ MINISTRO
O GLOBO
BRASÍLIA – O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes
Ferreira, senador licenciado pelo PSDB, criticou duramente o ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Lava-Jato, por
ter homologado a delação dos executivos da JBS. Em nota divulgada neste
sábado, Aloysio Nunes questiona a “competência jurídica” de Fachin para
validar o acordo.
A delação da JBS atinge principalmente o presidente Michel Temer e o
senador afastado Aécio Neves, do mesmo partido de Aloysio. O ministro
das Relações Exteriores questiona também as decisões de Fachin de
suspender o mandato de Aécio e de abrir inquérito para investigar Temer.
O ministro pede ainda para o plenário do Supremo “pôr ordem na casa”.
“Para Janot e Fachin, só há um ministro no STF: o próprio Fachin.
Fachin é o relator da Lava-Jato, não é o relator universal da República.
Lava-Jato é investigação sobre a Petrobras e não sobre os crimes da JBS
e duas eventuais conexões com políticos”, escreveu Aloysio.
“Fachin não tinha competência jurídica para a misericordiosa
homologação da delação de Joesley. Tampouco para determinar a suspensão
do mandato do Aécio, a abertura do processo contra Temer e a prisão de
Andrea Neves. Tudo isso é ilegal e não pode subsistir. O pleno do
Tribunal precisa pôr ordem na casa, para que as apurações prossigam, mas
de acordo com o ordenamento jurídico”, completa a nota.
BLOG: O PRIMO
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