quinta-feira, 25 de maio de 2017

RENAN E JUCÁ SE ENFRENTAM EM PLENÁRIO POR COMANDO DO PMDB


Estadão Conteúdo
Os dois maiores caciques do PMDB no Senado se confrontaram no plenário para medir forças no partido. O líder da bancada no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que tem criticado o governo, e o presidente do PMDB, Romero Jucá (PMDB-RR), aliado de Michel Temer, se estranharam em discursos na tribuna.
Tudo começou quando Renan discursou contra a decisão de Temer de assinar um decreto autorizando o uso das Forças Armadas contra as manifestações que aconteciam na Esplanada dos Ministérios. “Beira a insensatez fazer isso num momento em que o País pega fogo. Beira a irresponsabilidade. E fazer isso de forma dissimulada, dizendo que foi a pedido do presidente da Câmara dos Deputados”, afirmou Renan.
O senador ainda ironizou a crise institucional vivida pelo governo. “Se o governo Michel Temer não se sustenta, não são as Forças Armadas que vão segurar.”
Mas logo o discurso do peemedebista mirou nas tentativas do presidente de afastá-lo da liderança no PMDB no Senado, onde tem trabalhado praticamente na oposição ao governo. “O presidente Michel Temer pode destituir a senadora Rose de Freitas da liderança do governo, que é o âmbito dele. Mas o presidente não pode destituir o líder do PMDB, porque essa é uma decisão da bancada”, afirmou.
Mais cedo, Temer se reuniu com a bancada do PMDB no Palácio do Planalto, onde senadores discutiram a destituição de Renan do cargo de líder do partido no Senado. No plenário, o senador Waldemir Moka (PMDB-MS) pediu a palavra para fazer elogios ao governo, quando Renan o chamou de “puxa saco”. “O senhor há muito tempo não fala pela liderança do PMDB”, retrucou Moka a Renan.
Em seguida, foi a vez de Jucá subir à tribuna. O senador foi taxativo. “Ninguém está autorizado a subir na tribuna para dizer que o PMDB não apoia o presidente Michel Temer. Eu sou o presidente do PMDB e eu me reuni com a bancada e o presidente hoje. A posição individual não pode superar a decisão coletiva”, afirmou.
Ainda alfinetando Renan, Jucá afirmou que o PMDB vai trabalhar respeitando a posição da maioria e, enquanto for presidente do PMDB, ninguém vai vencer no grito.
Jucá defendeu a escolha do presidente de convocar as Forças Armadas para conter o protesto e afirmou que a decisão foi com o intuito de impedir um “bando de marginais que botavam fogo em ministério”. O peemedebista também defendeu as reformas do governo. “Quem quiser se candidatar a presidente, reze para aprovarmos essas reformas, porque ninguém governa esse país em 2019 sem essas reformas”, disse.

FACHIN: PF NÃO ESTÁ AUTORIZADA A TOMAR DEPOIMENTO DE  TEMER

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin disse hoje (24) que a única diligência autorizada no inquérito sobre o presidente Michel Temer foi a perícia no áudio entregue pelo empresário Joesley Batista à Procuradoria-Geral da República (PGR). Na prática, a decisão impede a Polícia Federal (PF) de tomar imediatamente o depoimento do presidente até que o ministro decida sobre a oitiva.
A decisão do ministro foi motivada por uma petição protocolada pela defesa de Temer. Mais cedo, a defesa do presidente informou ao Supremo que uma escrivã da PF entrou em contato com a banca de advogados nesta manhã para saber quando o presidente poderia depor.
Os advogados pediram ainda que, se o presidente for interrogado, o ato deverá ser presidido pelo ministro. “Pede-se vênia, ainda, para reiterar que, se o presidente da República for ouvido, deverá sê-lo em ato presidido por Vossa Excelência ou responder por escrito quesitos adredemente [previamente] elaborados”, argumentam os advogados.

STF MANTÉM SESSÃO APESAR DE PROTESTOS NA ESPLANADA

O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a sessão de julgamentos mesmo com os conflitos registrados na Esplanada dos Ministérios. Desde o início do dia, o prédio da Corte foi cercado com grades e está sendo monitorado pela Polícia Militar e seguranças particulares. Devido ao bloqueio, os manifestantes que protestam contra o governo não conseguiram chegar à Praça dos Três Poderes, onde está o prédio do Supremo.Manifestantes foram impedidos de chegar à Praça dos Três Poderes, onde fica o prédio do STF

AÉCIO ENTREGA PASSAPORTE E TEM 15 DIAS PARA RESPONDER PEDIDO DE PRISÃO


A defesa de Aécio Neves informou ao Supremo que cumpriu ordem do ministro Fachin e entregou o passaporte do tucano / Foto: ABrEstadão Conteúdo
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, informou à defesa do senador afastado Aécio Neves nesta quarta-feira (24), que o cliente terá um prazo de 15 dias para apresentar uma resposta ao pedido de prisão que a Procuradoria-Geral da República (PGR) voltou a fazer em relação ao senador. Este é o prazo previsto no novo Código de Processo Civil.
O prazo dado a Aécio Neves se esgotaria em 6 de junho. Só após a resposta dos advogados de Aécio Neves é que será aberto um novo prazo para manifestação da PGR a respeito do recurso que, por sua vez, a própria defesa do senador afastado apresentou. O advogado Alberto Toron pediu que seja revogada a ordem de afastamento de Aécio Neves das funções públicas e, assim, do exercício do cargo de senador. O procurador-geral Rodrigo Janot poderá apresentar contrarrazões ao recurso da defesa.
Apenas após tudo isso, é que poderá haver o julgamento dos dois pedidos, da PGR e da defesa – o que, em tese, deve levar o plenário do Supremo a analisar a questão apenas na segunda semana de junho.BLOG: O PRIMO

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