Cresce
no PSDB a tese de que não dá para pressionar o presidente Michel Temer a
deixar o cargo sem que esteja claro quem será o substituto e como isso
será feito.
Nas conversas reservadas, caciques do partido continuam a dizer que
será muito difícil a sobrevivência política do presidente, mas afirmam
que não podem abandoná-lo agora sob pena de aumentar a crise,
transformando um grande problema político num desastre econômico na hora
em que havia sinais de recuperação nesse segundo campo.
Nesse contexto, o nome preferido no PSDB é o do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso, que seria apresentado para uma eleição
indireta no Congresso. FHC tem dito publicamente que não deseja voltar à
Presidência, mas há tucanos que afirmam ter esperança de convencê-lo.
ALIADOS PREPARAM PLANOS PARA SUCESSÃO DE TEMER
Liderados pelo PSDB, partidos aliados ao PMDB na sustentação do
governo de Michel Temer consideram que o presidente perdeu as condições
de ficar no cargo, e já fizeram chegar a ele essa avaliação de forma
reservada.
Pelo roteiro elaborado até aqui, sujeito a revisões dada a
imponderabilidade da crise, como o peemedebista resiste em renunciar na
esteira da delação da JBS na Operação Lava Jato, a solução será contar
com a cassação da chapa eleita em 2014 pelo TSE (Tribunal Superior
Eleitoral).
Até aqui, havia a expectativa de que o TSE “mataria no peito” e
livraria Temer de punição, apesar das provas reunidas no processo que
será julgado no próximo dia 6. Agora, o consenso é de que a cassação
resolveria o impasse institucional e livraria o presidente da “confissão
de culpa”, como ele chama a hipótese de renúncia. Como bônus, Temer
sempre poderá culpar Dilma pelas irregularidades na campanha. O
presidente foi gravado pelo empresário Joesley Batista, que narrou crime
de obstrução de Justiça, em um encontro secreto no Palácio do Jaburu,
em março.FONTE: ROBSON PIRES
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