O
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comentou, nesta quinta-feira,
o depoimento de Lula concedido na tarde de quarta para o juiz Sérgio
Moro em processo no qual é réu por suposto recebimento de vantagens
ilegais. O tucano, que chegou a ser ouvido como testemunha de defesa do
petista em fevereiro de 2017 no caso que investiga supostas
irregularidades no Instituto Lula, afirmou que prefere “não imaginar
Lula preso”. “Mas são coisas da vida: não sei o que ele fez. Dependendo
do que foi, o que o juiz poderá fazer?”, questiona. Para FHC, “a Justiça
não pode julgar em função da popularidade, e sim se [o réu] cometeu ou
não o crime, a lei é para todos”. As declarações foram dadas durante
evento de lideranças realizado em Buenos Aires.
Para o tucano, Moro não está fazendo um “julgamento político” do
petista. Na oitiva de quarta, o ex-presidente tornado réu afirmou várias
vezes que o que está sendo julgado era “o seu Governo”, e não eventuais
crimes cometidos por ele. “É um tribunal normal do Brasil que alcançou
muita gente, inclusive do meu partido, que foi incluído na investigação
da Lava Jato. Por isso acho que as investigações precisam prosseguir”,
afirmou FHC. A Procuradoria-Geral da República pediu abertura de
inquérito contra vários tucanos de alta plumagem, como o senadores Aécio
Neves (MG) e José Serra (SP), e o governador paulista Geraldo Alckmin –
todos possíveis candidatos ao Planalto em 2018
MINISTRO OCUPA DOIS IMÓVEIS PAGOS POR VOCÊ
Por
dois anos e meio, o ministro Herman Benjamin, do TSE e do STJ, foi
titular de dois imóveis funcionais em Brasília: um apartamento cedido
pelo Senado e uma casa do Superior Tribunal de Justiça. A informação é
de Daniela Lima, na coluna Painel, da Folha de S.Paulo desta sexta-feira. E com mais detalhes:
Relator da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, Benjamin
ocupa há mais de dez anos o imóvel do Senado, mas foi oficialmente
informado de que o STJ havia conseguido uma propriedade para ele em
outubro de 2014.
Ainda assim, ficou no apartamento do Senado. A Secretaria de
Comunicação do STJ diz que a residência da corte precisava passar por
obras estruturais. Tudo só ficou pronto em março deste ano. O ministro
se mudará em breve. A reforma custou R$ 272,7 mil.BLOG: ROBSON PIRES
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