Propaganda de Henrique bate pesado no candidato do PSD ao governo
Mais uma aventura. Aparência de novo, mas uma história de 28 anos na
política potiguar sem nenhuma obra relevante. Com esse tom, o programa
eleitoral de Henrique Alves veiculado ontem apresentou fortes críticas
ao seu adversário, Robinson Faria, e comparou o candidato do PSD a
Rosalba Ciarlini e Micarla de Sousa.
A propaganda bateu pesado em Robinson Faria contradizendo o seu
discurso de que é o novo na política. Sob essa linha de raciocínio,
apesar de aparecer como uma novidade, Robinson não é mais do que a mesma
safra de políticos que ele tanto critica. “O Rio Grande do Norte não
suporta mais nenhuma falsa novidade. Natal e o estado já viram esse
filme antes, e saíram perdendo no fim. Um candidato se passando por
“novo”, quando a verdade é que ele já está na política há vinte e oito
anos. Está no quarto partido, apoiou e participou de seis governos”,
disse o locutor durante a propaganda eleitoral.
Além disso, Robinson foi vinculado diretamente a Rosalba Ciarlini e
Micarla de Sousa, que também se apresentaram como novidade e acabaram
decepcionando a população como governadora e prefeita, respectivamente.
“Você se lembra de outras eleições: Micarla e Rosalba também pareciam
novidades. Robinson é tão parecido com elas que votou nas duas e até
participou das duas gestões”, questionou. Como se sabe, Micarla de Sousa
nem mesmo conseguiu terminar o seu mandato e ostentou índices de
rejeição perto dos 90%. Rosalba Ciarlini vai pelo mesmo caminho, com
grande desaprovação popular.
A comparação entre os dois candidatos foi colocada pela propaganda
eleitoral de Henrique Alves como fundamental para que o eleitor consiga
escolher de maneira segura o próximo governador do Estado. “Antes de
votar, a gente compara os candidatos: a história, as ideias e propostas
que apresentam. Compara também a força política de cada um, aqui no
estado e lá fora”, iniciou.
Fonte: Jornal de Hoje
Ao receber a candidata ao Senado, Wilma de Faria, e o candidato a
governador, Henrique Alves, as lideranças e a população de Campo Grande
deram uma demonstração de união pela mudança no Rio Grande do Norte. O
prefeito Francisco das Chagas, conhecido com Bibi, destacou que o
município dará uma ampla vitória aos candidatos da coligação União pela
Mudança, Wilma de Faria e Henrique Alves.
Ao lado da deputada federal Sandra Rosado e oito vereadores do
município, ele lembrou obras realizadas em Campo Grande, quando Wilma de
Faria estava no governo, como a recuperação de estradas, construção de
casas populares, ampliação do Programa do Leite e instalação da casa de
cultura. Wilma de Faria afirmou que terá o mesmo empenho pelo RN quando
chegar ao Senado. “Quero ser a senadora da segurança, da saúde, da
educação, da agricultura, que tanto precisa de apoio”, disse.
A candidata à deputada estadual Laura Helena (PPS) esteve ontem (20)
em Parnamirim, onde participou de carreata pelas ruas da cidade e seguiu
para o grande encontro no Pequeno Príncipe Recepções. Na reunião, como
pode ser comprovado na foto, não teve nenhuma propaganda do candidato a
governador, Henrique Alves e Wilma de Faria, candidata à senadora que
teve como chefe da Casa Civil o pai da candidata Laura Helena..
A filha de Wober júnior disse: “Não podemos cometer esse erro
novamente”. Laura Helena seguiu o seu discurso apontando que a escolha
dos representantes deve ser feita de forma consciente, que os eleitores
precisam saber em quem estão votando, que procurem conhecer os
candidatos e suas propostas para não correr o risco de sofrer por mais
quatro anos. Laura Helena, falou ainda sobre o sentimento de decepção
“generalizado” do povo potiguar e disse: “apenas haverá mudança se dia
05 de outubro nós exercermos a nossa cidadania através do voto”,
afirmou.
Manchete de capa do jornal O Globo deste domingo (21) revela
que mais de três mil operações cambiais fictícias, por meio de
instituições financeiras de 24 países, resultou no envio de US$ 444,6
milhões (cerca de R$ 1 bilhão) para o exterior, em transferências
ilegais operadas via empresas de fachada pelo doleiro Alberto Youssef a
partir de contratos da Petrobras. Segundo o jornal fluminense, a
dimensão dos negócios de Youssef “surpreendeu peritos e promotores
federais”.
“O dinheiro saiu do país sob o disfarce de contratos de comércio
exterior. Foram 3.649 operações fictícias, realizadas por seis das suas
empresas de fachada – três de informática e três de química. E, segundo a
Justiça Federal, isso foi apenas parte do movimento de propinas pagas
no circuito de fornecedores de bens e serviços da Petrobras. Durou cerca
de 50 meses, de 2008 até março passado quando Youssef, Paulo Roberto
Costa e mais duas dezenas de colaboradores foram presos”, informa O Globo.
O jornal detalha o mecanismo do golpe nos cofres da estatal
engendrado pelo doleiro, cujos negócios “reais” eram raros. As bases do
esquema, diz O Globo, eram “discrição e confiança”. Como
demonstram as investigações, foi devido a esse tipo de procedimento que a
Refinaria Abreu e Lima, por exemplo, alcançou custo final de R$ 20,1
bilhões, quando o orçamento original era nove vezes menor.
“O negócio funcionava assim: ao receber um pedido para transferência
para uma conta específica em Toronto, no Canadá, Youssef forjava um
processo de importação (‘Câmbio Simplificado’) entre duas das suas
empresas – uma no Brasil (Labogen Labogen S.A. Química Fina e
Biotecnologia) e outra registrada em Hong Kong (RFY Ltd). O cliente
pagava em reais. Os dólares saíam da Labogen e chegavam à RFY, em Hong
Kong. Na sequência, faziam escala em outras empresas, em outros países,
até aportar na conta do beneficiário, indicada pelo pagador no Brasil”,
arremata o jornal, acrescentando que a Indústria Labogen S.A. estava
inativa há mais de duas décadas.
Tentáculos
A reportagem faz um breve histórico da trajetória de Yousseff, preso
desde 17 de março e já condenado a quatro anos de prisão por corrupção
ativa – ele subornou um executivo do banco paranaense Banestado, que fez
operações ilegais com dólar nos anos 1990. O jornal lembra que, depois
de uma temporada preso, Youssef deixou a cadeia em 2003, quando “se
associou ao deputado federal José Mohamed Janene, de Londrina, líder da
bancada do PP na Câmara”. Indiciado no caso do mensalão, Janene morreu
em 2010.
“Janene personificava promessa de lucro com imunidade – administrava o
caixa 2 do partido, na época recheado por R$ 2 milhões repassados pelo
operador do mensalão, Marcos Valério. Além disso, integrava o condomínio
de líderes partidários que partilhava o controle das áreas-chave das
empresas estatais no governo Lula. [...] Quando foi enterrado no
cemitério islâmico de Londrina, na terça-feira 14 de setembro de 2010,
seus negócios com Costa e Youssef já estavam fracionados entre caciques
do PP, do PT e do PMDB”, acrescenta o jornal, lembrando que Youssef “foi
decisivo” para alçar Paulo Roberto Costa, que está em processo de
delação premiada, à diretoria de Abastecimento da Petrobras, no governo
Lula.