Escalado por Dilma, no início de abril, como novo
articulador político do governo, Temer tem ouvido diversas queixas de
integrantes da base aliada — não apenas do PMDB — sobre a postura
ambígua do PT. Quando as primeiras MPs foram encaminhadas ao Congresso,
no início do ano, os petistas afirmaram que “elas não seriam votadas da
maneira como chegaram”.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) já realizou uma série de
protestos pelo país, dizendo que as medidas propostas por Levy ferem
direitos trabalhistas e previdenciários. Outra queixa do PMDB é de que o
PT impôs à presidente a pauta de ser contra a terceirização das
atividades-fim, projeto que está em tramitação no Senado.
TEMER VIABILIZA VOTAÇÃO PARA FORTALECER PRESIDENTE DILMA
Na véspera da votação, no plenário da Câmara, da primeira medida
provisória do ajuste fiscal — a MP 665, que altera as regras do
seguro-desemprego e do abono salarial —, o vice-presidente da República,
Michel Temer, foi duro ao cobrar o apoio do PT ao arrocho econômico
defendido pela equipe do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
O recado foi dado ontem, durante reunião da coordenação política do
governo com a presidente Dilma Rousseff. Dizendo-se porta-voz de queixas
de outros partidos da base, Temer disse que o PT ataca os aliados para
posar de “bom moço” diante dos trabalhadores e dos sindicatos.FONTE:ROBSON PIRES
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