O líder do PT, deputado Sibá Machado (AC), disse há
pouco que o partido vai votar contra a eleição de deputados e vereadores
pelo sistema de listas preordenadas, em substituição da votação no
candidato. Segundo ele, trata-se de uma matéria infraconstitucional, não
sendo objeto de proposta de emenda à Constituição.
A orientação causou surpresa em alguns deputados e no presidente da
Câmara, Eduardo Cunha. Isso porque o voto em lista é uma briga histórica
do Partido dos Trabalhadores. O deputado Heráclito Fortes (PSB-PI)
criticou o sistema de listas. Ele disse que a medida vai fortalecer
caciques locais em detrimento dos candidatos.
SOCIEDADE CIVIL SE MOBILIZA CONTRA REFORMA POLÍTICA
Em um ato político, deputados e representantes de movimentos sociais
criticaram em seminário o texto da reforma política que vai ser votado
no plenário da Câmara. Eles defenderam o financiamento público de
campanhas e a paridade entre gêneros em eleições proporcionais para
deputado federal. A plateia do seminário para discutir reforma política e
direitos humanos, que foi organizado pela Comissão de Direitos Humanos e
Minorias, era toda formada por integrantes de vários movimentos
sociais, que cantaram e puxaram palavras de ordem durante o evento.
São integrantes de movimentos que participaram da mobilização que
organizou, há dois anos, o abaixo-assinado em favor de um plebiscito
pela reforma política. O representante da Plataforma dos Movimentos
Sociais pela Reforma Política, José Antonio Moroni, explicou que a
intenção do grupo é evitar a votação da proposta e, se for votada, que
seja rejeitada a aprovação do que o movimento chama de “PEC da
Corrupção”. “O que se quer hoje nas votações é constitucionalizar o
financiamento empresarial de campanhas, que é uma das principais fontes
de corrupção, e que distorce a vontade do eleitor. Não é à toa que só se
elegem, a grande maioria, os que têm as campanhas mais ricas.”G1
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