Ex-presidente faz discurso contundente no 1º de Maio e promete percorrer o País
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso contundente neste 1º de Maio, durante ato da CUT, em São Paulo. Primeiro, mandou
a imprensa olhar pro próprio rabo antes de fazer qualquer insinuação
sobre BNDES. Neste fim de semana, a revista Época, da Globo, acusou o
ex-presidente de ser “operador” de vantagens para a construtora
Odebrecht, por conta de uma investigação aberta há apenas dez dias pelo
Ministério Público. Lula disse ainda que os barões da imprensa (como a
família Marinho, que recentemente esteve envolvida em escândalos de
sonegação fiscal), têm medo de sua volta em 2018.
“Vejo nas revistas brasileiras, que são um lixo, as insinuações. Eles
querem pegar o Lula, mas me chama para a briga que eu gosto”, afirmou,
para as milhares de pessoas
presentes ao ato, no Vale do Anhangabaú. “Quero dizer aqui, na frente
das crianças: pega 10 jornalistas da Veja, da Época, e enfia um dentro
do outro que não dá nem 10% da minha honestidade”, completou.
Lula disse que está notando “todo santo dia, insinuações”. “‘Ah, lá
na operação Lava Jato estão esperando que alguém cite o nome do Lula.
Ah, estão tentando fazer com que os empresários citem o nome de Lula. Eu
estou quietinho no meu lugar. Não me chame para a briga. Eu não tenho
intenção de ser candidato a nada. Está aceita a convocação…Aos meus
detratores: eu vou andar este país outra vez, e vou conversar com os
desempregados, os camponeses, os empresários. Eu vou começar a desafiar
aqueles que não se conformam com o resultado da democracia. Aqueles que,
desde a vitória da Dilma, estão pregando a queda da Dilma”, afirmou.
NO DIA DO TRABALHO, FORÇA APOIA PROJETO DE TERCEIRIZAÇÃO E CUT AMEAÇA GREVE
Central
Única dos Trabalhadores (CUT) promove ato do Dia dos Trabalhadores no
Vale do Anhangabaú – Marcos Alves / Agência O Globo
As comemorações do 1º de Maio das duas principais centrais sindicais
do país foram marcadas pelo embate em relação ao projeto de
terceirização (PL 4330). Em São Paulo, onde se concentra o maior número
de trabalhadores em dois grandes atos, a Central Única dos Trabalhadores
(CUT) ameaça uma greve geral caso a proposta seja aprovada no Congresso
Nacional, enquanto a Força Sindical defende que a terceirização não
fere os direitos trabalhistas.
No ato da CUT, realizado no Vale do Anhangabaú, região central da
capital paulista, sindicalistas são contra o projeto de lei que trata da
terceirização. O PL 4330, que permite a terceirização em todas as
atividades da empresa, já foi aprovado pelos deputados e agora será
analisado pelo Senado Federal. A ideia da central é realizar uma greve
caso o PL seja aprovado.
— O ato do 1º de Maio é contra o projeto que prevê a terceirização. É
também o primeiro movimento para uma greve geral caso a terceirização
seja aprovada no Congresso — disse Vagner Freitas, presidente da CUT. A
greve geral seria só um primeiro passo, de acordo com Freitas. A ideia é
que a central faça pressão para que a presidente Dilma Rousseff vete o
projeto, caso ele seja aprovado no Congresso.
GRUPO PROTESTA CONTRA DILMA EM PORTOALEGRE
Sorridente e se “sentindo à
vontade”, a presidente Dilma Rousseff almoçou nesta sexta-feira, Dia do
Trabalhador, na casa do ex-marido Carlos Araújo, na zona Sul de Porto
Alegre. A presidente chegou à cidade por volta de 11h30 – ela permanece
em Porto Alegre, segundo a assessoria de imprensa, até a noite de
sábado. Dilma chegou à casa de Araújo por volta de 13h15. Ela não desceu
do carro antes de ingressar na garagem da casa, mas acenou para os
jornalistas que faziam plantão em frente à residência. Dilma disse não
daria entrevista porque “é feriado”. A presidente tem apartamento na
mesma rua do ex-marido, onde deve passar a noite.
Depois da chegada da presidente, um grupo de dez manifestantes chegou
à casa de Araújo com tambores e megafones para protestar e pedir o
impeachment de Dilma. Os manifestantes se posicionaram em frente à
residência, do outro lado da rua, e foram observados à distância por
cinco seguranças.
Em um dos cânticos de protesto, os manifestantes lembraram o Dia do
Trabalho e pediram que a presidente fosse “trabalhar”. Depois de 40
minutos, o grupo deixou o local. Dilma saiu da casa do Araújo às 16h47m e
seguiu para seu apartamento, na mesma rua, onde deverá passar a noite.
Duas viaturas da PM reforçam a segurança no edifício – procedimento não é
comum quando ela vem a Porto Alegre, já que segurança fica restrita à
PF.
MEC PRORROGA INSCRIÇÃO DO FIES
O Ministério da Educação (MEC) informou hoje (1º) que, assim que for notificado, vai recorrer da decisão da Justiça Federal de Mato Grosso que determinou a prorrogação do prazo de inscrição para novos contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
O juiz federal Raphael Cazelli de Almeida Carvalho acatou, ontem, uma
ação civil pública movida pela Defensoria Pública da União e determinou
que a União e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)
prorroguem o prazo de inscrição por tempo indeterminado para os alunos
que tentavam ingressar no programa pela primeira vez.
O prazo para a adesão ao Fies terminou no último dia 30. O magistrado
determinou, ainda, multa diária de R$ 20 mil caso o governo não cumpra a
prorrogação do prazo. A medida vale até nova decisão da
Justiça. Procurada pela Agência Brasil, a assessoria do MEC informou que
o ministério ainda não foi notificado e, tão logo o seja, irá recorrer
da decisão por meio da Advocacia-Geral da União (AGU).
DILMA FAZ TRÊS PRONUNCIAMENTO ONLINE E CITA " VOZES DA RUA" E TERCEIRIZAÇÃO
No terceiro e último pronunciamento divulgado no Facebook nesta
sexta-feira (1º), a presidente Dilma Rousseff (PT) condenou a repressão
às manifestações e pregou o diálogo com a sociedade. “Temos de nos
acostumar a ouvir as vozes das ruas, aos pleitos dos trabalhadores.
Temos de reconhecer como legítimas as reivindicações de todos os
segmentos sociais de toda a nossa população. Temos de nos acostumar a
fazer isso sem violência e sem repressão”, afirmou no vídeo de quase
dois minutos, o mais longo dos três voltados à celebração do Dia do
Trabalho.
Dilma não citou a repressão da Polícia Militar do Paraná, governado
por Beto Richa (PSDB), a manifestantes na última quarta-feira (29), mas
enfatizou a necessidade de negociação e criticou o uso da força.
“Queremos por meio do diálogo construir consensos, evitando a violência e
respeitando o direito de opinião e de manifestação”.
A presidente citou a criação do fórum de debate sobre políticas de
emprego, trabalho, renda e previdência social, com a participação de
representantes das centrais sindicais, dos aposentados e pensionistas e
dos empresários. “A pauta dos trabalhos que propomos ao fórum é:
sustentabilidade do sistema previdenciário, bem como regras de acesso,
idade mínima, tempo de contribuição e fator previdenciário. Propomos
ainda como pauta políticas de fortalecimento do emprego, do trabalho e
da renda; medidas de redução da rotatividade, de formalização e aumento
da produtividade do trabalho”.
STF AUTORIZA INVESTIGAÇÃO DE KASSAB POR FRAUDE DA INSPEÇÃO VEICULAR
A assessoria do ministro das Cidades informou que investigações sobre o mesmo assunto já foram arquivadas
O ministro Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF),
autorizou o prosseguimento de uma investigação para apurar se o ministro
das Cidades, Gilberto Kassab, participou, na época em que era prefeito
de São Paulo, de esquema de fraude envolvendo a empresa Controlar,
concessionária que realizava a inspeção veicular na capital.
O serviço foi suspenso pela Prefeitura em 2013, no primeiro ano do governo Fernando Haddad, no entanto, uma decisão liminar (provisória)obtida pela Controlar prorrogou a inspeção veicular até janeiro de 2014.
Em despacho assinado nesta quinta-feira (30), Toffoli atendeu pedido
do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O chefe do Ministério
Público afirmou à Suprema Corte que as ‘graves irregularidades”
apontadas pelos promotores de Justiça de São Paulo têm de ter ser
apuradas na esfera criminal. A acusação é de que Kassab editou decreto,
em 2008, concedendo indenização para a Controlar no valor de R$ 2,5
milhões pelos serviços prestados, contrariando o contrato de concessão
que não previa despesas aos cofres do município.MARCOS DANTAS
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