segunda-feira, 5 de junho de 2017

O RN PRECISA QUE ROBINSON FARIA SEJA MENOS MARKETING , MENOS DISCURSO E MAIS RÁPIDO


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Por Neto-QueirozNeto Queiroz *
Minimizando a onda de violência que hoje atinge o Rio Grande do Norte, o governador Robinson Faria justificou dizendo que estamos assistindo a uma guerra de gangues. As facções se aniquilando mutuamente.
Robinson, que se declarou um estudioso da violência a vários anos, busca uma explicação para tirar do colo do seu desgoverno, mais de um milhar de cadáveres frutos da violência no RN nos cinco primeiros meses do ano.
Em outras palavras, o governador quer dizer que não nos preocupemos porque é bandido matando bandido, trata-se de uma limpeza. Os não sei quantos mortos em Alcaçuz foram uma limpeza. Os jovens e adolescentes drogados que atiram uns nos outros é uma limpeza. A quadrilha que acerta contas com a quadrilha concorrente é uma limpeza.
O papel do Estado seria então, pensa o estudioso Robinson, assistir a essa matança, fazendo a limpeza dos corpos para o sepultamento.
Só que o governador está redondamente enganado. Ou talvez nem esteja esganado, apenas se faça para melhor passar. É um discurso de sobrevivência quando nenhum discurso lhe resta.
Precisamos dizer ao governador que ontem em Mossoró foi morto um cidadão de bem, assassinado em sua casa por quatro assaltantes. Que antes de ontem às margens da RN 117, entre Mossoró e Governador foi assassinado um comerciante que estava na sua bodega trabalhando para manter sua família. E que antes disso, dezenas de homens, mulheres e até crianças foram assassinadas sem fazerem parte de facções ou de bandos.
Para o governador que tem seu carro blindado, que tem segurança à porta de casa, que tem equipes de segurança que o acompanham a cada local que vá, tudo ainda vai continuar sendo uma questão de discurso.
Na reunião da FIern, recentemente, o governador durante um enfadonho discurso de mais de uma hora de duração, após receber um bilhetinho pedindo que encerrasse, disse que ainda havia muito por dizer e que se fosse falar de segurança teria mais de uma hora para dizer o quanto seu governo fez nessa área.
Esse é o problema, governador! Discurso tem demais. Mas são discursos que não combinam com a realidade que vivemos.
O Ronda Cidadã é apenas uma peça de marketing.  A chacina em Alcaçuz é real. Depois da crise do sistema prisional e de Alcaçuz, quando se acreditava que nenhuma notícia da violência ainda poderia ser pior, veio a fuga dos 91 da cadeia de Parnamirim. Esse é um governo que não se cansa de ser ruim, de ser negativo, de ser indecente. E não precisa ser vidente para prever que outras notícias piores virão.
Penso que o governador Robinson Faria deveria ao menos ter a honradez de fazer um discurso sincero ao povo potiguar. De reconhecer os erros, de ter consciência de sua incapacidade, ao invés de dizer que precisa de mais de uma hora para falar tudo que seu governo fez pela segurança.
Humildade, coragem para falar a verdade, sinceridade para dizer onde estão os problemas e capacidade para  buscar junto com a sociedade e os movimentos organizados, as soluções para o problema.
É o mínimo que se espera desse governo.
Menos discurso, menos marketing e mais espírito público.
*jornalista em Mossoró há 28 anos, advogado e professor de História.


PROTESTO EM SÃO  PAULO COM ARTISTAS PEDE SAÍDA DE TEMER E DIRETAS JÁ 


Nivaldo Souza
Colaboração para o UOL, em São Paulo
Artistas de diversas áreas se reuniram neste domingo (4) no Largo da Batata, na zona oeste de São Paulo, em ato que pede a saída do presidente Michel Temer (PMDB) e a convocação de eleições diretas para substituí-lo. O ato pelas Diretas Já em São Paulo foi convocado por ativistas e cerca de 30 blocos de Carnaval, entre ele o Acadêmicos do Baixo Augusta e o Tarado Ni Você, que interpreta canções de Caetano Veloso.
Já passaram pelo palco os cantores Criolo, Rael, Chico César, Edgar Scandurra, Emicida, Otto, Paulo Miclos, Péricles, Pitty, Simoninha e Tulipa Ruiz. Além do blocos de carnaval Tarado Ni Você e Acadêmicos do Baixo Augusta. Até às 18h, devem se apresentar Mano Brown e Maria Gadú.
Primeiro a cantar neste domingo, o cantor Chico César defendeu eleições diretas para evitar o que chama de “ataque a direitos conquistados pelo povo”, sob ameaça das reformas implementadas pelo governo Temer, como a trabalhista e a previdenciária. “A bandeira da democracia é nossa, é dos trabalhadores, é do povo”, diz. “O Brasil quer escolher seu presidente e, se possível, já”, afirmou.O cantor também comentou a situação do secretário de Cultura da Prefeitura de São Paulo, André Sturm, que foi gravado ameaçando “quebrar a cara” um líder de movimento cultural da cidade. “Isso é inaceitável. O movimento pede a saída desse secretário já”, disse.
O líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos, criticou articulações do Congresso para eleger indiretamente o ocupante do Palácio do Planalto em caso de queda de Temer. “Esse Congresso Nacional não tem autoridade moral para eleger o presidente. O que a gente defende é que o povo escolha quem será o presidente”, disse. Ele cobrou a aprovação pelo Congresso da PEC (proposta de emenda constitucional) convocando eleições diretas em caso de afastamento de Temer.
Boulos avalia que o presidente Temer “não tem condições de estar lá (no Planalto), após a delação da JBS implicá-lo diretamente na Lava Jato.

A atriz Mônica Iozzi discurso alertando para o fato de o presidente Michel Temer poder escolher em agosto o novo procurador-geral da República, após a saída de Rodrigo Janot. “Ou seja, o criminoso vai escolher o próprio delegado”, disse. “Tão importante quanto o ‘Fora, Temer’ são as Diretas Já”, afirmou. Apesar do discurso de Mônica, a maioria dos artistas optou por não fazer longos discursos. No geral, eles gritam “Fora, Temer ” e “Diretas Já”.
Embora os movimentos sociais sejam coadjuvantes do evento, algumas centrais sindicais e partidos como PSOL e PCO participam do ato. Os deputados Ivan Valente (PSOL-SP) e Paulo Teixeira  (PT-SP) também compareceram.
A atriz e poetisa Elisa Lucinda fez um discurso calcado na questão do racismo, pedindo Diretas Já é uma “vassourinha” nos preconceitos de parte da esquerda brasileira. “A esquerda também é machista, homofóbica e racista. Precisamos passar uma vassourinha na esquerda também”, disse.
A autônoma Pamela Catarine, 22, veio de Embu das Artes para “ver o show e protestar”. Ela diz que quer votar para presidente. O candidato preferido dela é o ex-presidente Lula. “Se ele puder participar, eu voto no Lula”, diz.BLOG\:  O PRIMO

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