Lula sobre Dilma: ‘Se me dissesse que ia falar com Fernando Henrique, eu desaconselharia’
Lula
foi aconselhado por um amigo, no início da semana, a entrar em cena
para apagar um princípio de incêndio no PMDB. Sem consultar o vice
Michel Temer, Dilma Rousseff lançara a ideia de convocar uma
Constituinte para fazer a reforma política. A coisa ficou feia, disse o
interlocutor a Lula, sugerindo-lhe que tocasse o telefone para Temer e
Cia.
A resposta de Lula foi inusual. Ele se absteve de defender Dilma, como faz habitualmente. Preferiu indagar: sabe por que o PMDB tá puto? Foi adiante: Tá puto porque a Dilma consultou o Fernando Henrique e não consultou o PMDB, não consultou o PT, e não me consultou. Emendou: se me dissesse que ia falar com o Fernando Henrique, eu desaconselharia, eu diria: sou contra.
Lula recebeu mal a notícia de que Dilma enviara o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) em missão de paz junto a FHC. Até 20 dias atrás, não havia hipótese de alguém criticar a presidente na frente de Lula sem que o criador saísse em defesa da criatura. Isso mudou.
Lero vai, lero vem o amigo de Lula desancou a ideia de Dilma de realizar um plebiscito sobre reforma política. O tema é complexo demais para ser esgotado numa consulta popular, disse. O povo vai perceber que não é sério, acrescentou. Lula limitou-se a dizer que conversaria com Dilma. Não se sabe se conversou.
O silêncio de Lula intriga o PT. Estranha-se o fato de ele não ter subido no caixote para defender Dilma dos ataques da imprensa e da oposição. Não é do seu feitio fugir de conjunturas espinhosas. No auge da crise dos atos secretos do Senado, por exemplo, ele veio à boca do palco para dizer que José Sarney, por “incomum”, merecia respeito. O pasmo do PT aumentou quando o partido soube que Lula prepara-se para viajar ao exterior. Deve passar a próxima semana ainda mais distante da algaria das ruas.
A resposta de Lula foi inusual. Ele se absteve de defender Dilma, como faz habitualmente. Preferiu indagar: sabe por que o PMDB tá puto? Foi adiante: Tá puto porque a Dilma consultou o Fernando Henrique e não consultou o PMDB, não consultou o PT, e não me consultou. Emendou: se me dissesse que ia falar com o Fernando Henrique, eu desaconselharia, eu diria: sou contra.
Lula recebeu mal a notícia de que Dilma enviara o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) em missão de paz junto a FHC. Até 20 dias atrás, não havia hipótese de alguém criticar a presidente na frente de Lula sem que o criador saísse em defesa da criatura. Isso mudou.
Lero vai, lero vem o amigo de Lula desancou a ideia de Dilma de realizar um plebiscito sobre reforma política. O tema é complexo demais para ser esgotado numa consulta popular, disse. O povo vai perceber que não é sério, acrescentou. Lula limitou-se a dizer que conversaria com Dilma. Não se sabe se conversou.
O silêncio de Lula intriga o PT. Estranha-se o fato de ele não ter subido no caixote para defender Dilma dos ataques da imprensa e da oposição. Não é do seu feitio fugir de conjunturas espinhosas. No auge da crise dos atos secretos do Senado, por exemplo, ele veio à boca do palco para dizer que José Sarney, por “incomum”, merecia respeito. O pasmo do PT aumentou quando o partido soube que Lula prepara-se para viajar ao exterior. Deve passar a próxima semana ainda mais distante da algaria das ruas.
Com a velocidade de um raio, o PMDB expulsou
dos seus quadros o deputado Natan Donadon, de Rondônia. A desfiliação
ocorreu 24 horas depois da confirmação da sentença: 13 anos, 4 meses e
10 dias de cana. A Câmara ainda não cassou Donadon. Mas a Polícia
Federal caça-o desde a noite passada. O quase presidiário tornou-se um
marco da política nacional: é o primeiro deputado condenado à prisão
desde a promulgação da Constituição de 1988. Caprichoso, o destino
cuidou para que isso ocorresse num instante em que as ruas estão
sublevadas.FONTE:PANORAMA POLÍTICO
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