terça-feira, 25 de junho de 2013

Prefeito e governadora não veem novidades para o RN e Natal

carlos eduardo rosalbaDeu no Jornal de Hoje:
Sem novidades para Natal e para o Rio Grande do Norte. Assim foi definido pelo prefeito de Natal, Carlos Eduardo, e pela governadora Rosalba Ciarlini, o encontro com a presidente Dilma Rousseff, ontem, no Palácio do Planalto. Na oportunidade, Dilma anunciou um pacto com promessas de investimentos em cinco setores (responsabilidade fiscal, transportes, educação, saúde e reforma política/corrupção).
Para o prefeito de Natal, que enfrenta protestos desde que concedeu reajuste na tarifa de ônibus – revogado devido a pressões populares – as iniciativas são distantes, e não houve nada direcionado à capital do Rio Grande do Norte, especificamente. O mesmo pode se dizer em relação ao Estado. A expectativa de anúncio de medidas de impacto imediato em favor da população do Estado não se concretizou durante a reunião.
Na verdade, o que era para ser uma reunião para discutir soluções que atendessem às manifestações que acontecem no Brasil foi mais um cenário para um pronunciamento oficial da presidente Dilma Rousseff (PT) na tentativa de melhorar sua imagem. A presidente anunciou investimentos em mobilidade urbana; contratação de profissionais médicos estrangeiros e aplicação de verba dos royalties do petróleo em educação. Daí a se tornar realidade, há um longo caminho pela frente.
De acordo com informações de bastidores, os gestores saíram com a impressão de que a petista jogou a crise para os Estados, ao propor pactos, e para o Congresso Nacional, ao sugerir um plebiscito para instituir uma Assembleia Constituinte que discuta a reforma política.
“Os governadores viram poucas soluções efetivas. Apesar de a petista ter anunciado R$ 50 bilhões para investimento em mobilidade urbana, a liberação de recursos federais esbarra na burocracia”, afirmou um dos participantes da reunião com a presidente Dilma. Em termos concretos, Rosalba e Carlos Eduardo poderão ter novidades apenas hoje, nas audiências das quais participam em vários ministérios. As reuniões, contudo, são dissociadas dos eventos dos últimos dias.

Henrique fecha acordo na Câmara par atender manifestantes

henrique joisas
Os líderes partidários fecharam acordo nesta terça-feira (25) para votar uma agenda de propostas que respondam às reivindicações populares apresentadas em manifestações realizadas desde a semana passada em mais de cem cidades brasileiras. Nesta semana, serão votadas a Medida Provisória 611/12, que tranca a pauta e abre R$ 3,9 bilhões de crédito extraordinário; a Proposta de Emenda à Constituição 37/11, que determina as atribuições do Ministério Público e das polícias em investigações criminais; o Projeto de Lei 323/07, que destina os royalties do petróleo para a educação, e o Projeto de Lei Complementar 288/13, do Senado, que regulamenta o Fundo de Participação dos Estados (FPE). O presidente da Câmara ainda aguarda a chegada de propostas sobre a reforma política, que deve ir à votação no segundo semestre.
“Esta Casa preparou uma pauta consistente”, anunciou o presidente da Câmara. “As ruas estão fazendo a sua parte, reclamando, protestando, nos convocando, e nós estamos cumprindo nosso dever, votando aquilo que consideramos importante para se antenar com aquilo que a rua quer.”
Henrique Eduardo Alves lamentou que o grupo de trabalho criado por ele para definir um texto consensual para a PEC 37 não tenha conseguido chegar a um acordo. Os representantes do Ministério Público e dos delegados se reuniram por 30 dias. “O País não quer escolher entre um e outro, quer os dois trabalhando pelo combate à impunidade, à corrupção, de forma complementar, ordenada, interagindo, mas este acordo não foi possível. Por não ter sido possível, esta Casa não pode se omitir. Vai votar, e na minha avaliação, vai derrotar a PEC 37”.
Tags:

Presidente da Câmara espera proposta sobre a reforma política

O presidente da Câmara ainda declarou que espera propostas da sociedade civil e projetos de iniciativa popular sobre a reforma política, para que o tema seja votado no segundo semestre. “A presidente Dilma Rousseff propôs o debate e esse debate esta Casa vai fazer. Esta Casa não quer reforma política via Constituinte específica, até porque atrasaria a discussão de uma proposta que tem o dever de fazer”, comentou.
Henrique Eduardo Alves lembrou que já desejava votar a reforma política antes. “Eu pautei o tema em abril e me frustrei porque não consegui. Mas agora temos que encarar esta questão. Virá uma proposta de iniciativa popular e outras entidades podem apresentar suas ideias. As propostas todas, sejam da presidente ou da sociedade civil, serão bem recebidas”.

Nenhum comentário: