Cerca de 500 profissionais de saúde fizeram, no final da tarde
desta sexta-feira (12), um protesto contra o Projeto de Lei (PL) 286,
que trata do chamado Ato Médico, aprovado na última terça-feira (18)
pelo Senado. Para os manifestantes, caso o projeto seja sancionado,
haverá perda de autonomia de diferentes profissionais de saúde. "O
ato médico acaba limitando o nosso trabalho. Com ele, nós não podemos
mais ser responsáveis por clínicas, só com a presença do médico, isso
vai limitar nossa atuação”, ponderou a fonoaudióloga Elina Peixoto, que há seis anos é responsável por uma clínica de fonoaudiologia.
Os
profissionais apontaram cinco pontos polêmicos do projeto, entre eles o
que diz que o diagnóstico de doenças como prerrogativa exclusiva dos
médicos, a emissão de diagnósticos de anatomia patológica e de
citopatologia, procedimentos invasivos e a ocupação de cargos de direção
e chefia. A iniciativa é criticada por entidades, como o Conselho
Federal de Enfermagem (Cofen) e o Conselho Federal de Psicologia (CFP),
que avaliam que a proposta vai dificultar que esses profissionais
identifiquem sintomas de doenças como depressão e transtornos, no caso
dos psicólogos e façam pequenos diagnósticos e prescrição de
tratamentos, como fazem enfermeiros e fisioterapeutas.
FONTE:MARCOS DANTAS
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