Deu no Estadão...A
liderança do PSDB na Câmara dos Deputados entrou nesta sexta-feira com
uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo
investigação sobre eventuais irregularidades e possível improbidade
administrativa de autoridades do governo federal no episódio envolvendo
os boatos sobre o fim do programa Bolsa Família, ocorridos nos dias 18 e
19 de maio. O líder do partido na Casa, deputado Carlos Sampaio (SP),
também encaminhou um requerimento à Polícia Federal solicitando acesso
imediato dos partidos de oposição ao inquérito instaurado para apurar o
caso.
Na
representação, o tucano argumenta que há indícios de uso político de
informações sobre o programa, vazamento de dados sigilosos dos
beneficiários através de telemarketing e divulgação de informações
incorretas pela Caixa Econômica Federal. O documento cita ainda a
ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, que no Twitter atribuiu à
oposição a responsabilidade pela onda de boatos. Para o líder do PSDB,
os fatos são passíveis de instauração de inquérito civil ou penal.
PMDB ameaça dar apoio a Eduardo Campos nos Estados onde a aliança com o PT patina
O
estremecimento da relação entre PT e PMDB no Congresso reflete e
contamina a formação de palanques estaduais que darão sustentação ao
projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff. Apesar da entrada do
vice-presidente Michel Temer (PMDB) e da própria petista na costura de
alianças regionais para 2014, peemedebistas resistem a se aliar ao PT em
Estados estratégicos e ameaçam se coligar com o PSB, do governador de
Pernambuco Eduardo Campos, provável candidato à Presidência.Em Estados
onde a situação azedou, o PMDB já usa a aproximação com Campos como uma
forma de emparedar o PT. O discurso em favor do pernambucano passou a
funcionar como ferramenta de pressão contra os petistas, com um único
objetivo: obter condições mais favoráveis de negociação nos Estados.
Segundo
a matéria do Estadão, o discurso peemedebista pró-Campos está mais
vitaminado em Estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato
Grosso do Sul, Pernambuco, Rondônia e Bahia. No Rio Grande do Sul, a
aliança é inviável. A tendência é que o partido lance candidato próprio,
com José Ivo Sartori, ex-prefeito de Caxias do Sul, ou o ex-governador
Germano Rigotto. O PT tentará reeleger o governador Tarso Genro. Com um
antagonismo profundo não está descartado o PMDB se aliar ao PSB ou até
ao PSDB.
Na
Bahia, os irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima lideram um movimento que
deve unir o PMDB do Estado aos principais partidos de oposição (PSDB,
DEM e PPS) para lançar uma candidatura de oposição ao PT, do governador
Jaques Wagner. Os peemedebistas resistem em apoiar a reeleição da
presidente e ameaçam criar uma plataforma para Campos ou até Aécio. No
Ceará, o PT está dividido quanto ao apoio ao PMDB. Há uma tentativa de
trazer o PSB, do governador Cid Gomes, para a aliança, o que será
difícil se Campos for candidato.Em Pernambuco, o senador Jarbas
Vasconcelos (PMDB-PE)) ensaia uma aproximação com Campos contra o PT.
Dilma terá encontro com Renan e Henrique
Com o título “Onde pega”, deu na coluna Painel, publicada na Folha de São Paulo e em vários jornais do país, neste sábado (01).
Não foi só a pressão do governo para votar medidas provisórias que levou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) a baterem boca. O Congresso pressiona o governo a fixar um patamar de liberação mensal de emendas de R$ 1 bilhão, além de pagar o mesmo valor em atraso. O tema deve ser abordado na conversa que Renan e o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), terão com Dilma Rousseff, prevista para segunda-feira.
Não foi só a pressão do governo para votar medidas provisórias que levou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) a baterem boca. O Congresso pressiona o governo a fixar um patamar de liberação mensal de emendas de R$ 1 bilhão, além de pagar o mesmo valor em atraso. O tema deve ser abordado na conversa que Renan e o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), terão com Dilma Rousseff, prevista para segunda-feira.
Eduardo Campos age para conter críticos no próprio PSB
O
governador de Pernambuco, Eduardo Campos, selou um acordo de
cessar-fogo com o ex-ministro Ciro Gomes, o integrante do PSB que até
agora expressou de forma mais contundente sua discordância com o projeto
de Campos de disputar a eleição presidencial do próximo ano. Em um
longo jantar no Recife no domingo passado, os dois correligionários
discutiram suas divergências e fizeram um pacto para só definir no ano
que vem se o partido terá ou não um nome próprio na corrida
presidencial.
Enquanto
o governador de Pernambuco trabalha com a hipótese de concorrer ao
Palácio do Planalto, Ciro e seu irmão, o governador do Ceará, Cid Gomes,
declaram apoio público à reeleição da presidente Dilma Rousseff.Ciro
declarou seu apoio a Dilma novamente no jantar no Recife, mas deixou
portas abertas para eventualmente rever sua posição no futuro.
Segundo a Folha de São Paulo
apurou, os dois combinaram de conversar mais. Campos pediu que Ciro,
que foi ministro da Integração Nacional no governo do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e de quem foi próximo no passado, lidere no PSB
debates sobre a economia e discuta alternativas para tirar o país do
ciclo de baixo crescimento.Na política, os dois reclamaram da
dependência de Dilma em relação ao PMDB, o parceiro preferencial da
coalizão governista. Essa relação, aliás, sempre foi criticada pelo
cearense.
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