O
senador José Agripino Maia também comentou as possibilidades para 2014.
Falou sobre o momento político da governadora Rosalba Ciarlini, mostrou
lealdade e disse que a decisão caberá a ela. Veja trechos da entrevista
dada a Tribuna do Norte:
Nesse momento a governadora Rosalba Ciarlini já se habilita para a reeleição?
Eu
acho que ela está construindo um caminho. Dois anos de Rosalba foram
consumidos para pagar dívidas, administrar escassez e projetar o futuro.
Se você me perguntar se ela já administrou a escassez, digo que ainda
não, até porque cada vez que se retira o IPI de automóvel reduz o Fundo
de Participação. As perdas são flagrantes. Agora ela montou programas
muito robustos, como Barragem de Oiticica, Poço de Varas, esse vigoroso
programa Sanear RN. Se eu fui o governador das estradas e Garibaldi
Filho o das adutoras, ela pode vir a ser a governadora do saneamento
básico.
Há outros elementos que sinalizem uma recuperação?
A
governadora está em vias de obter aprovação pelo Senado de
financiamento do Banco Mundial para um programa muito importante que
pode sinalizar claramente para perspectiva de ter uma quadra de anos
para frente venturosa pelo fato de recursos estarem assegurados com
programa de obras já montado. Em função de expectativa venturosa de
futuro, acho que o Rosalba pode se posicionar dentro de pouco tempo como
candidata viável a reeleição.
Nesse posicionamento de reeleição da governadora, como ficam partidos aliados, como o PMDB?
Acho
que na hora H os partidos vão se reunir com maturidade para discutir a
melhor alternativa para o Estado e definir uma candidatura. Eu advogo
que nós estejamos juntos em qualquer circunstância, que nós não nos
apartemos. Cada qual fala pela sua identidade. O PR, PMN, PP, PMDB,
principalmente, o Democratas. Mas não podemos perder de vista nossa
unidade porque, com a unidade mantida, a perspectiva de vitória é real.
O
senhor fala de uma possível candidatura à reeleição da governadora
Rosalba Ciarlini. Mas essa unidade partidária que o senhor prega estaria
disposta a caminhar com outra candidatura ao Governo que não a de
Rosalba?
Eu acho que política, para ser
feita com responsabilidade, necessita de pragmatismo. Eu tenho certeza
de que se a governadora, que é minha candidata à reeleição, enxergar que
não terá condição, será a primeira a abrir mão dessa pretensão. Apenas
os aliados, neste momento, apostam no fortalecimento dela como
candidata. Mas, tenho a impressão de que ela própria viria a fazer a
avaliação. Se não tiver condição de reeleição, será a primeira a
declinar da possibilidade de candidatura, sabendo, como sabe, que o
PMDB, Democratas, o PR, PMN, o PP, todos torcem pelo sucesso dela.
José Agripino Maia: “Você já não sabe se Robinson e Wilma serão adversários ou aliados”
O vice-governador Robinson Faria se coloca como candidato a governador, a deputada federal Fátima Bezerra postula, publicamente, o Senado, a vice-prefeita Wilma de Faria sinaliza com uma candidatura na chapa majoritária. Falta os governistas colocarem o bloco na rua?
Não. Eles estão sofregos. Eu não quero agir com demérito a ninguém. Mas eu não vejo tanta robustez eleitoral nesse grupo ao qual você se referiu. Como eles não têm a preocupação de exercer governo, eles ficam no lançamento de expectativas pessoais. Nós temos, sem nenhuma presunção, o perfeito entendimento de que juntos somos uma força político-eleitoral capaz de construir vitórias, com respeito as demandas da sociedade que precisam ser atendidas. Se eles estão esboçando chapas que muitas vezes são conflituosas, veja que Robinson quer ser candidato a governador e Wilma não diz a que é candidata,a mas não descarta a possibilidade de ser candidata a governadora.
Há, então, um potencial conflito insuperável na oposição?
Você tem em um agrupamento menor conflitos na base da pirâmide, no ponto mais importante da disputa. Você já não sabe se Robinson e Wilma serão adversários ou aliados. Segundo ponto a ser considerado é a disputa presidencial. Se o PSB tiver candidato a presidente e o PSD apoiar candidato a presidente que não o candidato do PSB, como fica essa aliança? São dificuldades que eles vão enfrentar daqui para frente e pode destruir qualquer perspectiva de aliança neste momento. Não passa de intenção [as alianças na oposição] e na hora que a intenção é posta já na largada mostra divergência, porque os ícones tanto do PSB quanto do PSD não escondem que podem pretender disputar a mesma posição ou o mesmo posto de governador. Mas não nos preocupa isso. Temos tempo para fazer nossas avaliações e confiamos que, se nós formos capazes de nos entender em torno de um projeto bom para o Rio Grande do Norte, temos a expressão partidária forte capaz de levar mensagem política com chance de ganhar eleição.
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