O Globo – Otávio Marques de Azevedo, ex-presidente
da Andrade Gutierrez, mudou a versão de que teria doado R$ 1 milhão
oriundo de propina para a campanha de 2014 da ex-presidente Dilma
Rousseff, em depoimento prestado nesta quinta-feira. Ele foi chamado
pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a se explicar após a defesa de
Dilma apresentar documentos atestando que a doação, na verdade, foi
feita ao hoje presidente Michel Temer.
Segundo os advogados que participaram do depoimento, Azevedo disse
que não houve doação com dinheiro de propina para a chapa Dilma-Temer
nas últimas eleições. O equívoco enfraquece a acusação, apurada pelo
TSE, de que a campanha presidencial vencedora se valeu de recursos
desviados da Petrobras — o que poderia levar ao impedimento de Temer.
O empreiteiro havia declarado em depoimento ao TSE que a Andrade
Gutierrez fez doação de R$ 1 milhão ao PT em março de 2014. O valor
teria sido pago como parte de um acerto de propina de 1% dos contratos
da empresa com o governo federal. Ainda segundo o delator da Lava Jato,
como a doação foi feita fora do período eleitoral, esse dinheiro só
teria sido transferido do partido para a campanha de Dilma em julho do
mesmo ano.
TRAMITAÇÃO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA SERÁ DEMORADA
Relator da proposta de emenda à Constituição (PEC)
que cria limite de gastos públicos, o deputado Darcísio Perondi
(PMDB-RS) diz que a tramitação da reforma da Previdência será mais
demorada. “Vamos discutir com a sociedade antes de votar. Ela não será
rápida, como a 241 (teto de gastos), que levou em torno de 60 dias,
porque é mais ampla e complexa”, afirma. A conclusão ficará para o
segundo semestre de 2017. O governo definiu o deputado Reinhold
Stephanes (PSD-PR) como relator. Stephanes já foi ministro da
Previdência.
PRISÃO DO EX- GOVERNADOR SÉRGIO CABRAL LEVANTA SUSPEITA SOBRE POLÍTICOS
A prisão do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral levanta
suspeita sobre extensa lista de políticos. Em Brasília, o Planalto
recebeu com preocupação a operação que o levou em cana. Cabral tem
relação próximas com o ministro Moreira Franco, um dos pilares do
governo Michel Temer, com o governador Fernando Pezão e com a família do
ministro Leonardo Picciani. Outro preocupado é o ex-secretário
municipal de Habitação, Sérgio Zveiter. O ex-presidente Lula e o
ex-deputado Cândido Vaccarezza também estão nas mãos de Cabral.FONTE: ROBSON PIRES
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